Angola Press
Luanda - O cortejo de mortes em países do Médio Oriente, a guerra económica, entre Argentina e Espanha, e a campanha eleitoral na França foram, entre outros temas, os destaques da actualidade informativa internacional na semana que hoje termina.
Durante os últimos sete dias, no Médio Oriente morreram pelo menos 335 pessoas de forma violenta, devido principalmente, a conflitos armados no Iraque, Afeganistão e Síria.
Na Síria, mais de 120 civis morreram uma semana depois do cessar-fogo, constante da iniciativa do plano de paz do emissário internacional Koffi Annan, entretanto, violado diariamente.
No Iraque, pelo menos 35 pessoas morreram na quinta-feira, após uma série de atentados em Bagdad e no norte do país. Por mesmo método, mas no Afeganistão, ataques coordenados dos talibãs na capital Cabul e em outras partes do país deixaram 51 mortos, incluindo membros das forças de segurança, civis e 36 rebeldes.
Já no Paquistão, na sexta-feira, a queda de um avião matou as 126 pessoas que transportava.
Uma guerra económica entre Argentina e Espanha parece se ter despoletado, nesta semana, a sequência da nacionalização, por Buenos Aires, da petrolífera espanhola Repsol que opera no solo argentino.
A presidente argentina Cristina Kirchner decretou, segunda-feira, a expropriação da propriedade da YPF, subsidiária da Repsol na América Latina.
Segundo o governo, foi fixado o controlo para o Estado Federal de 51 por cento da empresa e para as províncias dos 49 por cento restantes, anunciou a Casa Rosada.
Madrid reagiu e prometeu "resposta completa" que, parece, ter já começado a materializar.
Na sexta-feira, o governo espanhol anunciou que limitará a importação de biodiesel argentino, justamente em sinal de protesto pelo projecto de expropriação de 51 por cento da YPF.
Nas eleições presidenciais francesas de domingo, o presidente em fim de mandato Nicolas Sarkozy e o candidato socialista François Hollande estão empatados com 27 por cento de intenções de voto na primeira volta, segundo pesquisa TNS Sofres publicada nesta sexta-feira.
Porém, na segunda volta, Hollande aparece como vencedor com 55 por cento das intenções de voto, contra 45 por cento para Sarkozy.
Em Timor-Leste, o general e antigo chefe das Forças Armadas do país, Taur Matan Ruak, foi eleito, segunda-feira, o novo presidente da República, derrotando por quase 100 mil votos o seu adversário Francisco Guterres Lu Olo.
Nesta semana, a nave espacial americano Discovery aterrou sem problemas nesta terça-feira no Aeropoerto Internacional Dulles (Virginia), perto de Washington, depois do seu último voo sobre um avião da NASA para ser levado para um museu, o seu destino final.
Na quarta-feira, foi noticiado que a extradição pela Grã-Bretanha do islamita jordaniano Abu Qatada para a Jordânia continuava bloqueada pela Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH), após o pedido de seu advogado para reconsiderar o caso.
Na Noruega, Anders Behring Breivik, julgado pela morte de 77 pessoas em dois atentados no ano passado, afirmou na quinta-feira que o objectivo de seus ataques era matar todo o governo norueguês e todas pessoas que se encontravam na ilha de Utoeya, não apenas as 69 vitimadas.
"O objectivo era matar todo mundo", afirmou o extremista de 33 anos, acrescentando que também pretendia capturar a ex-primeira-ministra Gro Harlem Brundtland e decapitá-la perante uma câmara para inserir o vídeo na Internet.
Também explicou que pretendia matar todo o governo norueguês, incluindo o primeiro-ministro, e não apenas as oito pessoas que morreram na explosão no centro de Oslo.
Na semana que termina, a Índia realizou o primeiro lançamento de teste de um novo míssil de longo alcance com capacidade nuclear que pode atingir o território chinês e países não asiáticos, e coloca o país no selecto grupo de países detentores de mísseis balísticos intercontinentais.
O míssil Agni V, de um alcance de 5.000 quilómetro (classe IRBM dos mísseis intermediários de menos de 6.400 quilómetros) foi lançado às 08H05 local (0H35 de Luanda) de uma base situada no mar, próximo do Estado de Odisha.
Apenas China, Rússia, França, Estados Unidos e Reino Unido possuem mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), com um alcance de mais de 5.500 quilómetros.
Por sua vez, a Coreia do Norte advertiu na sexta-feira que lançará satélites "uns atrás dos outros", ignorando mais uma vez as condenações da comunidade internacional depois do lançamento frustrado de um foguete, considerado um teste de míssil balístico.
"Os dados obtidos sobre o fracasso deste lançamento constituem uma garantia fiável para um êxito maior no futuro", afirma a Comissão para a Tecnologia Espacial coreana.
Na quinta-feira, milhares de israelitas permaneceram em silêncio, enquanto sirenes soavam por dois minutos para lembrar os seis milhões de judeus que foram mortos durante o Holocausto nazista, durante a segunda guerra mundial.. Também correu mundo a notícia que dava a conhecer que 11 integrantes da polícia de elite que protege o presidente americano, Barack Obama, foram suspensos, após serem acusados de má conduta num caso de escândalo sexual em Cartagena, Colômbia, onde Obama participava da Cimeira.
"Os integrantes envolvidos foram levados para a sede do Serviço Secreto, em Washington, para serem interrogados hoje", informou o sub-director da força, Paul Morrissey. "Esses 11 funcionários foram suspensos."
Entretanto, a cimeira terminou com impasse sobre Cuba.
A falta de acordo sobre a participação de Cuba impediu uma declaração final de consenso dos líderes reunidos no domingo para a Cimeira das Américas, mas o encontro permitiu o início de um histórico debate sobre a adopção de novos enfoques no combate às drogas.
O médico norte-americano Jim Yong Kim, 52 anos, foi nomeado, segunda-feira, presidente do Banco Mundial, derrotando a ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala, e deve assumir as suas funções em 1 de Julho para um mandato de cinco anos.
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