MB - Lusa
Bissau, 31 mar (Lusa) - Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) esteve hoje em Bissau, onde pediu calma e respeito pela democracia aos políticos e militares guineenses.
Durante todo o dia de hoje, a delegação, chefiada pelo presidente da comissão da organização, Késire Ouedraogo, esteve em Bissau para uma série de reuniões com responsáveis políticos guineenses.
A delegação, que incluía também os chefes das Forças Armadas da Nigéria e da Costa do Marfim, reuniu com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, os candidatos às eleições presidenciais do passado dia 18, o chefe das Forças Armadas, o presidente da Comissão Nacional de Eleições e a presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Késire Ouedraogo, mandatado pelo presidente em exercício da CEDEAO, Alassane Ouattara, chefe de Estado da Costa do Marfim, disse ter solicitado a todos "a calma e o respeito pela democracia" até que a organização apresente "uma proposta de solução" para ultrapassar o impasse eleitoral que se assiste na Guiné-Bissau.
O segundo candidato mais votado nas primeira volta das presidenciais guineenses, Kumba Ialá, recusa-se a disputar a segunda volta do escrutínio contra Carlos Gomes Júnior, o candidato mais votado no primeiro turno, alegando fraude eleitoral.
O próprio chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, António Indjai, com quem a delegação da CEDEAO esteve reunida duas vezes, disse aos jornalistas que "o país deveria aguardar pela solução que a CEDEAO irá propor" para a crise eleitoral.
Da parte dos políticos, as posições continuam na mesma. Enquanto Carlos Gomes Júnior diz estar pronto para ir à segunda volta, Kumba Ialá mantém a sua posição de não tomar parte na segunda volta por considerar que "as eleições são nulas e fraudulentas".
Na primeira volta das eleições presidenciais, realizada a 18 de março, Carlos Gomes Júnior ficou em primeiro lugar, seguido de Kumba Ialá.
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