terça-feira, 10 de abril de 2012

Chefe militar admite missão no Mali mas ainda sem orientações para Guiné-Bissau



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 10 abr (Lusa) - O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA) cabo-verdiano admitiu hoje que Cabo Verde poderá enviar uma missão de assistência humanitária para o Mali, mas sublinhou não ter quaisquer orientações para participar militarmente na Guiné-Bissau.

Falando à Voz da América (VOA) após regressar à Cidade da Praia, depois de participar numa missão na Costa do Marfim, o CEMFA cabo-verdiano indicou que as Forças Armadas do arquipélago poderão marcar presença no território maliano com o envio de uma equipa de assistência humanitária, mas não adiantou pormenores.

Sobre a reunião na Costa do Marfim, Adalberto Fernandes disse ter participado num encontro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decidiu criar um contingente para ser enviado ao Mali, mas que Cabo Verde não assinou nenhum acordo para que militares nacionais fizessem parte dessa força.

O CEMFA cabo-verdiano, porém, segundo a VOA, adiantou que Cabo Verde poderá marcar presença no território maliano com o envio de uma equipa de assistência humanitária formada elementos da proteção civil e da Cruz Vermelha nacional, caso isso se vier a justificar.

Em declarações à VOA, o coronel Adalberto Fernandes referiu que, apesar de Cabo Verde estar a seguir com muita atenção e interesse na estabilidade e reforço da segurança na Guiné-Bissau, "de momento não se coloca nenhuma hipótese" de militares cabo-verdianos serem enviados para a capital guineense.

Adalberto Fernandes adiantou que, até segunda-feira, o Estado-Maior cabo-verdiano não recebeu qualquer informação sobre a questão, lembrando que o ministro da Defesa de Cabo Verde, Jorge Tolentino, está em Luanda numa visita oficial, a convite do se homólogo angolano, Cândido Van-Dunen.

Angola preside à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e mantém um dispositivo militar em Bissau, a MISSANG, mas que comunicou na segunda-feira o seu termo sem especificar a data, alegando ser uma resposta às solicitações de "alguns setores" guineenses.

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