MYB (JSD) - Lusa
São Tomé 10 abr (Lusa) - O Governo são-tomense espera "em breve" o apoio financeiro do Millenium Challenge Corporation (MCC) no valor de 60 milhões de dólares, disse à Lusa o ministro das Finanças e Cooperação Internacional, Américo Ramos.
O governante afirma que São Tomé e Príncipe já cumpriu mais de 80 por cento das recomendações impostas pelo programa de ajuda financeira da cooperação norte-americana e está na lista dos países elegíveis para beneficiar deste apoio e "o que falta apenas é ser escolhido".
"Fizemos a nossa parte, as reformas vêm sendo feitas há muito tempo, já conseguimos quase a totalidade dos indicadores todos, ", disse Américo Ramos.
O ministro são-tomense garante que São Tomé e Príncipe foi classificado como o "quarto país que fez mais reformas económicas em 2011/2012 e o primeiro ao nível da África subsaariana", o que pode concorrer para acelerar a escolha do programa e relançar a economia do país.
"O valor anda por volta de 60 milhões de dólares, tendo em conta a dimensão da nossa economia, a população e o Produto Interno Bruto (PIB). Temos esperança, disse o governante.
Segundo o titular das Finanças são-tomense, "a credibilidade que o país está a transmitir aos credores em termos de reformas" pode ser um indicador que vai contribuir na aceleração da ajuda financeira do programa.
O MCC é uma agência dos EUA, cujo primeiro objetivo é reduzir a pobreza através de programas de apoio ao crescimento económico a longo prazo. Foi criado em 2004 pelo então Presidente George W. Bush, com base na aprendizagem de algumas das melhores práticas obtidas nas últimas quatro décadas de outras agências norte-americanas de apoio ao desenvolvimento, segundo explicou à agência Lusa o diretor executivo da instituição, Daniel Yohannes, quando visitou em fevereiro, o primeiro país africano a beneficiar de dois pacotes de financiamento,
Numa entrevista, que visitou Cabo Verde entre quarta e sexta feira, lembrou à Lusa que o MCC foi criado em 2004 pela administração do então presidente George W. Bush, para criar novas práticas na ajuda ao desenvolvimento dos países emergentes.
Dos 20 países com que o MCC tem mantido relações, 11 são africanos -- além de Cabo Verde e Moçambique, abrange também o Benim, Burkina Faso, Gana, Lesoto, Madagáscar, Mali, Marrocos, Namíbia, Senegal e Tanzânia. Os restantes são a Arménia, El Salvador, Geórgia, Honduras, Moldova, Mongólia, Nicarágua e Vanuatu.
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