sábado, 28 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Frente anti-golpe congratula-se com envio de força militar



FP - Lusa

Bissau, 27 abr (Lusa) - A Frente Nacional Anti-golpe (FRENAGOLPE), que junta partidos e associações contra o golpe de Estado na Guiné-Bissau, congratulou-se hoje com o envio anunciado de uma força militar da África Ocidental para o país.

Na quinta-feira, em cimeira extraordinária, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu enviar para a Guiné-Bissau um contingente militar de 500 a 600 elementos, a fornecer pela Nigéria, Costa do Marfim e Senegal.

Os responsáveis da CEDEAO garantiram também que, se o Comando Militar não se submeter às suas exigências "nas próximas 72 horas", a Comunidade "imporá com efeito imediato sanções dirigidas aos membros do comando militar e seus colaboradores, bem como sanções diplomáticas, económicas e financeiras à Guiné-Bissau, sem excluir processos no TPI (Tribunal Penal Internacional).

Hoje, o secretário permanente da FRENAGOLPE, Iancuba Injai, do Partido da Solidariedade e Trabalho, sublinhou que a vinda de uma força militar deve significar também a libertação imediata dos dirigentes políticos detidos, nomeadamente o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.

E deve significar também, acrescentou numa breve declaração aos jornalistas, a restauração da ordem constitucional e a conclusão das eleições presidenciais, cuja segunda volta devia acontecer no próximo domingo, tendo Carlos Gomes Júnior ganho a primeira volta, em março.

Também em comunicado, o Movimento da Sociedade Civil afirma-se atento a todo o processo e apela ao Comando Militar e aos partidos para que acatem as decisões saídas da reunião, que decorreu na Costa do Marfim.

A delegação do Comando Militar que participou na reunião chegou na manhã de hoje a Bissau. Para as 17:00 está marcada uma conferência de imprensa, no Estado Maior das Forças Armadas.

A FRENAGOLPE junta partidos e associações que apoiaram Carlos Gomes Júnior na primeira volta das eleições presidenciais, a 18 de março e tem feito reuniões na sede do PAIGC, o maior partido, no poder até dia 12 de abril, dia do golpe militar.

1 comentário:

Anónimo disse...

A NÃO PERDER:

COMUNICADO DO CEDEAO - http://www.didinho.org/CommuniqueFinal_SommetExtra_Abj_26%20Avr%20FR.pdf

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