MB - Lusa
Bissau, 26 abr (Lusa) - O novo responsável dos serviços de Viação e Transportes Terrestres da Guiné-Bissau, André Deuna, nomeado pelos militares golpistas, desmentiu hoje que tenha desviado fundos da instituição mas confirmou ter mudado fechaduras das portas.
Em conferência de imprensa, onde apareceu ladeado por alguns militares, André Deuna, ligado ao Partido da Renovação Social (PRS), negou acusações que lhe tinham sido feitas por Lucinda Barbosa Aukarie, diretora-geral da instituição até ao golpe de Estado de 12 de abril.
"Não corresponde à verdade que eu tenha ou que os militares tenham levado dinheiro da Viação e Transportes Terrestres como se ouve dizer por aí na voz da antiga diretora-geral desta instituição. O dinheiro que ela diz ter sido roubado encontra-se todo no cofre onde sempre esteve", disse André Deuna.
O 'novo' responsável da instituição, que já tinha ocupado o cargo, antes de ser substituído por Lucinda Barbosa Aukarie, contou que foi contactado pelo Comando Militar "que controla o país desde o golpe de Estado" para reabrir as portas da Viação e Transportes para que se possa prestar serviços mínimos aos clientes.
"Sendo funcionário desta casa, alias onde terei a minha reforma, aceitei e cá estou a prestar os serviços mínimos juntamente com os meus colegas. Não sou diretor sou antes o supervisor colocado aqui pelo Comando Militar", frisou Deuna, quando questionado sobre se é o novo diretor-geral da Viação.
Sobre o facto de os serviços de Viação estarem abertos numa altura em que há uma greve geral da função pública, André Deuna disse que são questões de índole política que não gostaria de comentar.
Deuna mostrou aos jornalistas o cofre e afirmou: "aqui estão os tais oito milhões e duzentos mil francos que disseram que roubei".
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