quinta-feira, 19 de abril de 2012

Moçambique/Eleições: CANDIDATO DA FRELIMO VENCE EM INHAMBANE



Lusa

Maputo, 19 abr (Lusa) - O candidato da Frelimo, no poder em Moçambique, Benedito Guimino, venceu na quarta-feira as eleições municipais intercalares em Inhambane, no sul do país, obtendo 78,5 por cento dos votos.

O seu adversário, Fernando Nhaca, do MDM, terceiro partido parlamentar, alcançou 21,5 por cento dos votos, num ato em que apenas participaram 38,24 por cento dos mais de 46 mil eleitores inscritos na capital da província com o mesmo nome.

Inhambane foi sempre uma praça-forte da Frelimo, que ali venceu concludentemente todas as eleições, e a votação de quarta-feira, se manteve essa tendência, fica mesmo assim distante dos 90,94 por cento alcançados nas últimas municipais, em 2008, pelo anterior autarca do partido, Lourenço Macul, cuja morte, este ano, provocou estas intercalares.

Frelimo recua e defende CNE formada apenas por partidos políticos

Lusa

Maputo, 18 abr (Lusa) - A Frelimo, no poder em Moçambique, defendeu hoje que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) seja composta por oito membros indicados pelos partidos parlamentares, recuando na posição de uma CNE com sete membros oriundos da sociedade civil.

Anteriormente, e citando relatórios de organizações da sociedade civil e de observadores eleitorais internacionais, a Frelimo - Frente de Libertação de Moçambique - defendia uma CNE pequena e mais profissional, constituída por apenas sete membros, todos indicados por organizações da sociedade civil.

O partido no poder também já foi a favor da manutenção da atual composição da CNE, que é de 13 membros, dos quais cinco são apontados pelos partidos com assento no parlamento e oito por organizações da sociedade civil.

"A sociedade política moçambicana, representada nos debates provinciais sobre a revisão da lei eleitoral pelos partidos políticos, que são instrumentos fundamentais para a participação democrática dos cidadãos, não está suficientemente preparada para uma CNE completamente despolitizada", disse hoje, na Assembleia da República, Alfredo Gamito, deputado da Frelimo e presidente da Comissão Parlamentar da Administração Pública, encarregada de conduzir a revisão da lei eleitoral.

Segundo Alfredo Gamito, o modelo defendido pela Frelimo visa garantir a integração do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a bancada com o menor número de deputados no parlamento moçambicano, apenas oito.

Sem ser preciso em relação ao número que cada um dos três partidos representados no parlamento irá indicar para a CNE, Alfredo Gamito apontou que a fórmula defendida pela sua formação política vai assentar na proporcionalidade da representatividade parlamentar.

Apesar de repor o peso dos partidos políticos na CNE, a proposta da Frelimo continua longe da defendida pela Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), a principal bancada da oposição, que advoga uma CNE com cerca de 20 membros, todos ou maioritariamente apontados pelos partidos políticos.

A Frelimo detém na Assembleia da República uma maioria de 191 deputados, seguida pela Renamo, com 51, e pelo MDM, com oito deputados.

PMA

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