Os partidos da oposição da Guiné-Bissau lembram que a CPLP nada fez quando um Presidente da República guineense foi morto e lembram que a força portuguesa só poderá agir se tiver autorização.
O porta-voz dos partidos da oposição guineenses acusou a Comunidade de Países de Língua Portuguesa de propor uma onda de violência contra a Guiné-Bissau, depois a CPLP ter exigido o regresso à legalidade e criado uma força de interposição com o aval da ONU.
Fernando Vaz lembrou que a Guiné-Bissau «tem história» e recordou que «houve um Presidente da República que foi morto neste país e esses países condenaram na altura e não fizeram nada».
«Hoje entendemos perfeitamente o porquê desta posição e revanche. Quando se discute e se procura internamente solução, posteriormente propõem-se a guerra e uma atitude de violência contra a Guiné-Bissau», explicou.
Este porta-voz adiantou ainda que «acreditamos nos guineenses e estamos à procura de uma via pacífica e de uma solução para resolver a questão do golpe de Estado»
Sobre a força militar enviada por Portugal para a Guiné-Bissau, Fernando Vaz limitou-se a dizer que os «barcos portugueses chegarão à Guiné se forem autorizados a entrar em águas guineenses e resgatarão portugueses se forem autorizados a entrar».
«Somos um país soberano e quem manda nas nossas águas e manda neste país são os guineenses e não os portugueses», concluiu.
Partidos guineenses admitem que solução encontrada «não é constitucional»
TSF
O porta-voz dos partidos da oposição da Guiné-Bissau reconheceu que houve 16 votos a favor de uma proposta que «não passa pela via constitucional».
O porta-voz dos partidos da oposição na Guiné-Bissau admitiu, após uma reunião realizada no domingo, que a solução que prevê a demissão do presidente interino do país, do governo e a dissolução do parlamento «não é constitucional».
«A solução que saiu daqui, como deve imaginar, não é constitucional. Houve duas propostas que foram colocadas aqui em jogo e ganhou aquela que não passava pela via constitucional com 16 votos contra sete da proposta constitucional e uma abstenção», explicou Fernando Vaz.
No seguimento do golpe militar de quinta-feira, representantes dos partidos políticos da oposição decidiram entregar o poder ao Conselho Nacional de Transição, a quem compete a escolha de um presidente e de um primeiro-ministro de transição até à realização de novas eleições.
Desta reunião, saiu ainda a criação de duas comissões, uma Comissão de Gestão de Situações de Emergência e uma Comissão para a Diplomacia, não tendo sido por enquanto anunciado quem fará parte destas comissões.
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