Delegação de ministros da CEDEAO foi à Cidade Alta entregar uma mensagem de Alassana Ouattara ao Chefe de Estado angolano |
Kumuênho da Rosa - Jornal de Angola - Fotografia: Francisco Bernardo
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem uma mensagem do seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, na qual transmite ao Chefe de Estado angolano e Presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ponto de situação sobre os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau após o golpe de estado de 12 de Abril.
Foi portador da mensagem o ministro das Relações Exteriores da Costa do Marfim, Duncan Kablan, que foi recebido no Palácio Presidencial da Cidade Alta numa audiência em que se fez acompanhar pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, do ministro das Relações Exteriores da Guiné Conacri e do chefe do Estado-Maior das forças da CEDEAO.
À saída do encontro, o ministro marfinense falou à imprensa sobre o principal propósito do encontro, que foi o acerto dos moldes da saída “ordeira e em segurança” da Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau (Missang), e a sua substituição por uma força da CEDEAO, composta por apenas alguns Estados membros da organização.
Decisão angolana
Duncan Kablan confirmou o início da retirada da Missang já para este fim-de-semana, materializando-se a decisão do governo angolano de retirar o efectivo enviado com base num acordo de cooperação bilateral, com o objectivo de contribuir no processo de reforma do sector da defesa e segurança da Guiné-Bissau, considerado como a “pedra de toque” para a estabilidade do país.
“Na nossa última visita, o Presidente José Eduardo dos Santos tinha anunciado que estava pronto para retirar a Missang, com a reserva de que tudo deveria acontecer de maneira organizada e em segurança. É isso que nós confirmámos com o Presidente e pensamos que neste aspecto não teremos qualquer problema”, disse Duncan Kablan, que anunciou, mais adiante, que os dois chefes de Estado-Maior das Forças Armadas de Angola e da Costa do Marfim “vão trabalhar juntos nesse processo”. Entretanto, depois de quase duas semanas em Abidjan, a capital da Costa do Marfim, onde estavam privados de fazer declarações, o presidente e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, respectivamente, Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior, encontram-se em Lisboa, onde ontem participaram numa reunião da CPLP.
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