terça-feira, 29 de maio de 2012

"Moçambicanização" das respostas à SIDA tem produzido resultados "encorajadores" -- ONU



MMT - Lusa

Maputo, 29 mai (Lusa) - A Agência da ONU para a SIDA (ONUSIDA) elogiou o Governo moçambicano pela utilização de uma linguagem nacional nas campanhas de combate à SIDA, afirmando que a "moçambicanização" das respostas tem produzido resultados "encorajadores" na luta contra a doença.

Num artigo de opinião hoje publicado no Jornal Notícias, de Maputo, o coordenador da ONUSIDA em Moçambique, Raúl de Melo Cabral, disse ter registado com "agrado" a opção governamental na resposta nacional ao flagelo por "contribuir para a redução de novas infeções e o aumento do acesso ao tratamento do HIV".

"Entrando na quarta década desta luta, a história da epidemia em Moçambique assemelha-se a outros países da região e pode-se notar com agrado a evolução na dinâmica da resposta ao HIV/SIDA, passando de uma questão de emergência para uma questão de desenvolvimento, com abordagens cada vez mais eficazes para responder à epidemia de forma multisetorial e coordenada a todos os níveis e envolvendo vários intervenientes", refere Raul de Melo Cabral.

Moçambique integra a lista dos 10 países mais afetados pela SIDA no mundo, com uma taxa de prevalência de 11,6 por cento, num universo populacional de cerca de 23 milhões de habitantes.

Para Raul de Melo Cabral, a necessidade de contextualização e da ´moçambicanização` da resposta ao HIV obriga todos os setores da sociedade a trabalharem em conjunto na busca de soluções adequadas e possíveis no contexto nacional.

"A "moçambicanização" das ações plasmadas na resposta nacional implica necessariamente a ´moçambicanização` dos recursos financeiros. Este processo de aumento da contribuição financeira do país requer medidas holísticas e inovadoras, para que um quadro de investimento permita ao país definir o processo e as ações que possibilitem o alcance desta meta baseada numa abordagem local com padrões internacionais", disse, no entanto, o coordenador da ONUSIDA em Moçambique.

"Esta ação é crucial, não só pela necessidade de sustentar as intervenções e os ganhos até agora alcançados, mas também pela conjuntura global que se vê confrontada com a crise económica mundial", acrescenta Raul de Melo Cabral.

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