sexta-feira, 25 de maio de 2012

Oposição acusa Governo e PM de falta de ética democrática e de enganar cabo-verdianos



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 25 mai (Lusa) - O Movimento para a Democracia (MpD, oposição) acusou hoje o Governo de Cabo Verde de "ter enganado" e de "continuar a enganar" o povo cabo-verdiano, considerando que José Maria Neves tem "atentado à ética democrática".

As críticas foram feitas pelo líder do principal líder da oposição, Carlos Veiga, numa conferência de imprensa para divulgar os resultados da reunião da Comissão Política do MpD, que na quinta-feira analisou a situação política interna e sub-regional e o balanço da preparação das eleições autárquicas de 01 de julho.

Sobre a situação laboral - e tendo como pano de fundo a manifestação convocada pelas duas únicas centrais sindicais cabo-verdianas para 01 de junho - Carlos Veiga criticou o primeiro-ministro por ter prometido desde 2010, ano pré-eleitoral, a instituição do 13.º mês e a atualização salarial, o que está por cumprir.

"Para obter votos, José Maria Neves não se importa de prometer aquilo que sabe que não vai cumprir, criando nos eleitores, de forma ilegítima e contrária à ética, expetativas e ilusões que sabe que não se concretizarão", disse Carlos Veiga, aludindo às razões invocadas pelo chefe do Executivo, "contenção de custos".

Em relação à questão da energia, e dado que "os apagões" continuam a afetar, sobretudo, a capital, o líder do MpD lembrou que o Governo tinha prometido resolver a situação em fevereiro último, o que não se verificou, e acusou José Maria Neves "de incompetência".

Carlos Veiga acusou ainda o executivo de ter prometido uma casa para todos, independentemente do nível de rendimentos, promessa que considerou eleitoralista por ter sido apresentada também em 2010, véspera das legislativas (fevereiro de 2011) e das presidenciais (agosto do mesmo ano).

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