Público – Lusa
O PS manifestou nesta quinta-feira uma "enormíssima preocupação" com o desemprego em Portugal, num encontro com uma delegação da troika no Parlamento. CDS diz que o país já está a ultrapassar a pior fase. PCP e BE criticam falta de respostas para o desemprego.
"Urge encontrar soluções para atenuar a crise social do desemprego, que atinge números que o país já não conhecia há muitos anos", disse o deputado socialista Fernando Medina, que pertence à comissão parlamentar de acompanhamento do programa de assistência.
Durante o encontro, no âmbito da quarta avaliação do memorando de entendimento, o PS também expressou a sua preocupação com a evolução da execução orçamental, que Medina disse estar a ter resultados “significativamente abaixo do esperado”.
Quanto às impressões da troika sobre o estado da economia portuguesa, Medina não quis fazer grandes comentários. E limitou-se a dizer que “houve opiniões divergentes relativamente à análise da situação, umas mais optimistas, outras mais pessimistas”.
Já o deputado do CDS, Mesquita Nunes, defendeu que a troika acredita que o "abrandamento da recessão" já está em curso e que Portugal “estará a ultrapassar a fase pior” da crise económica.
O deputado centrista, que é outro dos membros da comissão parlamentar de acompanhamento do programa de assistência a Portugal, afirmou ainda que “no primeiro trimestre, a recessão económica ficou bem abaixo do que estava previsto".
"O abrandamento da recessão está em curso, e isso foi referido na reunião. Portugal estará a ultrapassar a fase pior", justificou.
Os partidos mais à esquerda, PCP e BE, optaram por tecer duras críticas à execução do programa de assistência financeira e criticaram falta de respostas para o desemprego.
O deputado do PCP, Manuel Tiago, considerou que a troika foi ao Parlamento "dizer que tudo corre bem". O comunista frisou que "a avaliação da troika continua a ser positiva”, acusando a delegação de exibir uma "insensibilidade brutal" perante a deterioração da economia portuguesa.
“Para a troika, o desemprego é causado pelos altos salários dos trabalhadores”, criticou Manuel Tiago. E acrescentou: "Em alguns momentos, disseram-nos que até era positivo reduzir o consumo e o crédito" a alguns sectores da actividade.
Pelo lado do BE, o deputado Pedro Filipe Soares afirmou que a hipótese de segundo resgate é um "tabu" para a troika.
“Quando Portugal está mais perto de ser atirado para um segundo pacote de resgate, a troika tenta ignorar a situação, não quer ver os efeitos das suas políticas: recessão cada vez mais profunda, erosão das receitas fiscais, aumento do desemprego”, disse o deputado bloquista.
Pedro Filipe Soares manifestou ainda que, "quando questionada sobre o desemprego, cuja taxa já está nos 15%, a troika não pode deixar de ter respostas. No entanto, foi isso que aconteceu. O que a troika disse sobre o desemprego é que não tem resposta para este problema e que vai continuar a estudar".
Depois da reunião com os deputados, que decorreu à porta fechada, a delegação chefiada por Abebe Selassie (FMI), Rasmus Ruffer (BCE) e Jurgen Kroeger (Comissão Europeia) encontrou-se ainda com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves. Os membros da delegação escusaram-se a prestar declarações.
Durante o encontro, no âmbito da quarta avaliação do memorando de entendimento, o PS também expressou a sua preocupação com a evolução da execução orçamental, que Medina disse estar a ter resultados “significativamente abaixo do esperado”.
Quanto às impressões da troika sobre o estado da economia portuguesa, Medina não quis fazer grandes comentários. E limitou-se a dizer que “houve opiniões divergentes relativamente à análise da situação, umas mais optimistas, outras mais pessimistas”.
Já o deputado do CDS, Mesquita Nunes, defendeu que a troika acredita que o "abrandamento da recessão" já está em curso e que Portugal “estará a ultrapassar a fase pior” da crise económica.
O deputado centrista, que é outro dos membros da comissão parlamentar de acompanhamento do programa de assistência a Portugal, afirmou ainda que “no primeiro trimestre, a recessão económica ficou bem abaixo do que estava previsto".
"O abrandamento da recessão está em curso, e isso foi referido na reunião. Portugal estará a ultrapassar a fase pior", justificou.
Os partidos mais à esquerda, PCP e BE, optaram por tecer duras críticas à execução do programa de assistência financeira e criticaram falta de respostas para o desemprego.
O deputado do PCP, Manuel Tiago, considerou que a troika foi ao Parlamento "dizer que tudo corre bem". O comunista frisou que "a avaliação da troika continua a ser positiva”, acusando a delegação de exibir uma "insensibilidade brutal" perante a deterioração da economia portuguesa.
“Para a troika, o desemprego é causado pelos altos salários dos trabalhadores”, criticou Manuel Tiago. E acrescentou: "Em alguns momentos, disseram-nos que até era positivo reduzir o consumo e o crédito" a alguns sectores da actividade.
Pelo lado do BE, o deputado Pedro Filipe Soares afirmou que a hipótese de segundo resgate é um "tabu" para a troika.
“Quando Portugal está mais perto de ser atirado para um segundo pacote de resgate, a troika tenta ignorar a situação, não quer ver os efeitos das suas políticas: recessão cada vez mais profunda, erosão das receitas fiscais, aumento do desemprego”, disse o deputado bloquista.
Pedro Filipe Soares manifestou ainda que, "quando questionada sobre o desemprego, cuja taxa já está nos 15%, a troika não pode deixar de ter respostas. No entanto, foi isso que aconteceu. O que a troika disse sobre o desemprego é que não tem resposta para este problema e que vai continuar a estudar".
Depois da reunião com os deputados, que decorreu à porta fechada, a delegação chefiada por Abebe Selassie (FMI), Rasmus Ruffer (BCE) e Jurgen Kroeger (Comissão Europeia) encontrou-se ainda com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves. Os membros da delegação escusaram-se a prestar declarações.
Leia mais em Público
Sem comentários:
Enviar um comentário