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Buenos Aires, 7 mai (Prensa Latina) Nove décadas após sua fundação, a renacionalizada petroleira argentina YPF iniciará hoje uma nova etapa de trabalho que, na opinião da presidenta Cristina Fernández, lhe permitirá converter em uma empresa absolutamente moderna e competitiva. O começo do ciclo marcará a publicação no Boletim Oficial da lei que declara de interesse público o autoabastecimento de petróleo e dispõe a expropriação de 51 por cento das ações de YPF S.A. nas mãos da espanhola Repsol.
Ademais, o próprio Boletim oficializará a nomeação do engenheiro Miguel Galuccio como gerente geral de Yacimientos Petrolíferos Fiscais, o que coloca em marcha uma fase de profissionalização da empresa e de alinhamento com os interesses do país.
Segundo difundiu a Casa de Governo, para esta mesma segunda-feira o titular da Comissão Nacional de Valores (CNV), Alejandro Vanoli, convocou a uma reunião de diretório do organismo, a fim de implementar o disposto na lei de expropriação das ações da petroleira.
No encontro se disporá a remoção da totalidade dos diretores e síndicos titulares e suplentes de YPF e serão designados os reemplazantes do corpo diretivo da empresa, pelo termo que corresponda.
Ademais, será convocada uma assembleia de acionistas de YPF, que -segundo antecipou na sexta-feira passada a presidenta Fernández- deverá ter lugar em 4 de junho.
A própria chefa de Estado adiantou que o interventor de YPF e ministro de Planejamento, Julio De Vido, e o vice-interventor e vice-titular de Economia, Axel Kicillof, apresentarão um relatório na assembleia ordinária de acionistas sobre o estado real da empresa ao momento da intervenção.
Recordou assim que quando enviou ao Congresso o projeto de lei de expropriação propôs a necessidade de ter uma YPF com um perfil profissionalizado, o qual "não quer dizer que não tenha direção política", esclareceu antes de afirmar que a designação de Galluccio vai nesse sentido.
A ideia -insistiu Fernández- é ter uma YPF absolutamente moderna, competitiva e profissional, e com uma política que aponte a sustentar o crescimento, o emprego e a atividade econômica da nação.
Tudo isso, agregou, propõe "o desafio histórico de demonstrar que podemos, desde o Estado, ser eficientes; e que não pode ter contradição entre os interesses de uma empresa e os do país".
A lei de expropriação de YPF foi aprovada o 3 de maio último pela Câmera de Deputados com 208 votos a favor, 32 na contramão e cinco abstenções, depois que o Senado da Nação lhe desse meia sanção com o respaldo de 63 legisladores, só três contra e quatro abstenções.
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