MSE - Lusa
Díli, 20 mai (Lusa) - O novo Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, alertou hoje, num discurso para celebrar o 10º aniversário da restauração da independência, que a fragmentação dos partidos políticos mina a coesão e a unidade nacionais.
"Esta fragmentação (dos partidos políticos) a que temos vindo a assistir por diversas vezes, é um motivo de preocupação pois divide o tecido social e mina a coesão e unidade nacionais", afirmou o Presidente eleito, dirigindo-se aos mais de 20 partidos políticos que vão participar nas eleições legislativas de 07 de julho.
Para Taur Matan Ruak, em Timor-Leste há partidos com "experiência e organização consolidada", formações políticas que resultam da fragmentação de partidos existentes e outros que se criam por "identificação de interesses e objetivos comuns a grupos de cidadãos que não se identificam com os já existentes.
"Apelo aos partidos políticos, militantes e apoiantes, para que esclareçam os eleitores sobre os vossos programas políticos, os vossos objetivos e estratégias para os atingir, fundamentando-se no respeito pelos adversários e pela diferença de ideias", disse o Presidente.
O chefe de Estado timorense lembrou também que a população aprecia lideranças responsáveis, com valores e princípios do progresso e da democracia, associados aos valores, princípios e tradições dos antepassados.
"Apelo à nossa população, aos cidadãos eleitores, que vivam a festa da democracia em Paz (...) Saibamos respeitar a diferença. Saibamos ser tolerantes para o reforço da nossa democracia, para o reforço da nossa unidade nacional", insistiu Taur Matan Ruak.
A campanha para as eleições legislativas começa no início do mês de junho.
Taur Matan Ruak falava na cerimónia de Içar da Bandeira que deu início às comemorações do 20º aniversário da restauração da independência.
Na cerimónia participaram o Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, que inicia hoje a sua visita oficial ao país, e o chefe de Estado da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, além de outros convidados internacionais.
Novo Presidente só começa a fazer viagens oficiais em maio de 2013
Díli, 20 mai (Lusa) - O recém-empossado Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, anunciou hoje, num discurso para celebrar o 10º aniversário da restauração da independência, ter decidido que só começa a fazer viagens oficiais em maio de 2013.
"Os desafios que o país enfrenta exigem o meu acompanhamento e dedicação exclusiva durante o primeiro ano do meu mandato. Assim, decidi que até Maio do próximo ano, não farei qualquer deslocação ou visita ao estrangeiro", disse o Presidente timorense.
No discurso, proferido durante a cerimónia de içar da bandeira que decorreu no Palácio da Presidência, o chefe de Estado timorense referiu que o seu país está determinado em contribuir de uma forma ativa para um relacionamento internacional.
Taur Matan Ruak foi empossado como terceiro Presidente de Timor-Leste depois da restauração da independência, a 20 de maio de 2002, ao início da madrugada de domingo, numa cerimónia que reuniu milhares de pessoas em Taci Tolu, a cinco quilómetros de Díli.
Na cerimónia de Içar da Bandeira participaram o Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, que inicia hoje a sua visita oficial ao país, e o chefe de Estado da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, além de outros convidados internacionais.
Aviso aos leitores de Página Global
BOICOTE A NOTÍCIAS DE CAVACO SILVA NA VISITA A TIMOR-LESTE E "ARREDORES" – Página Global dá conhecimento aos leitores que em protesto contra a inexistência de uma publicação diária online em língua portuguesa sobre a realidade timorense vai boicotar a publicação de notícias referentes a Timor-Leste que envolvam a visita do PR de Portugal, Cavaco Silva, para as comemorações dos 10 anos da independência do país, assim como todas as outras notícias relativas a Cavaco nesta sua deslocação a países daquela parte do mundo. Consideramos inadmissível que 10 anos após a independência não exista um único órgão informativo em português sobre a atualidade timorense, apesar de a língua portuguesa ser considerada constitucionalmente língua oficial daquele país. (Redação PG)
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4 comentários:
Não deixa de ser curioso ver que, relativamente a Timor, boicotam tudo que se relaxcione com Cavaco Silva, Presidente da Republica de Portugal, meu País, nas não tem pejo nem engulhos em publicar, relativamente a Timor, os nomes e noticias de muitos filhos da puta que durante duas decadas e meia chacinaram este povo. Frlismente não preciso deste blog para estar esclatrecido e informado. Tenham vergonha.
Retirámos um dos comentários por estar em duplicado.
Queremos esclarecer que a ação de protesto que estamos a efetuar não tem que ver com Portugal nem com os esforços por nós reconhecidos por parte de Portugal (não sendo perfeitos) para que o português seja retomado em Timor-Leste. Tem que ver com a estratégia do regime xananista em minorar o mais possivel a informação do país para o exterior e por isso o mundo lusófono desconher em pormenor o que se vai passando de muito mau no país. Em dez anos Timor-Leste tinha a obrigação de ter notíciário completo na língua portuguesa em igualdade de circunstâncias com tétum. Já deviam existir jornais online em português. Sobretudo já devia de existir uma agência de notícias timorense que noticiasse em tétum e em português, de acordo com a Constituição do nosso país. Isso não acontece por conveniencias de vária indole. Primeiro porque o português está a ser combatido e preterido por um lobbie da anglofonia de que faz parte o casal Gusmão. Principalmente a esposa do PM Gusmão sempre usou de artimanhas no combate ao português em Timor-Leste. Isso é do conhecimento público e várias vezes tem sido apontada como a mais ativa nessa operação. Guismão tem vindo progressivamente a aderir a essa ação dirigida por Kirsty Sword Gusmão.
Aproveitar o facto da visita de Cavaco Silva a Timor-Leste e boicotar notícias e referências em português sobre isso tem que ver sobretudo com a intenção de alertarmos a comunidade lusófona para a inadmissivel situação de ausência de notícário em português sobre o quotidiano timorense. Pretendemos que isso aconteça a exemplo da Angola ou de Moçambique, mas todos os outros países lusófonos têm sempre essa preocupação~e temos a possibilidade desse acesso. Nda nos move contra Cavaco Silva em Timor-Leste. Tudo nos move contra a ignorância a que o regime xananista vota o mundo da lusofonia sobre o que na realidade se passa em Timor-Leste.
Entre os timorenses do coletivo de Página Global consideramos esta ação de protesto a adequada para usar como alerta.Verdade queb há portugueses no coletivo que são contra os gastos de Cavaco Silva nesta deslocação em tempo de crise em Portugal. Mas também estão essencialmente contra a ignorância a que o regime xananista vota o mundo em geral e o lusófono em particular. Nem a Lusa, nem a RTP têm possibilidade de ser uma montra completa do quotidianos timorense. Mas os orgãos de comunicação social existentes em TL são. Só que em português ou em inglês. O português está destinado a fracassar em Timor-Leste. É isso que não queremos.
Quem não entendeu talvez agora passe a entender. Talvez se junte a todos nós em sinal de protesto manifestando aqui com palavras suas.
GB
GB,
Falas merda. O esforço pelo desenvolvimento da língua portuguesa em Timor é notório. Além do mais, a língua que se vai falar em Timor é de competência exclusiva dos timorenses. Preservas as outras línguas e desenvolve-las, juntamente com o português e o tetum, é questão de saboderia que só os timorenses poderão dizer.
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