quinta-feira, 10 de maio de 2012

RAPIDINHAS DO MARTINHO – 77



Martinho Júnior, Luanda

O HOMEM COMO PRIORIDADE DE TODAS AS ATENÇÕES

À medida que a população mundial vai crescendo, à medida que se vão deteriorando as condições ambientais, à medida que a vulnerabilidade cresce nesta “casa comum” que é esta pequena nave perdida no Universo que dá pelo nome de Terra, mais se tornam prementes as filosofias, as políticas e as estratégias que colocam o homem como prioridade de todas as atenções, tendo em conta o seu papel nos equilíbrios do próprio globo.

Tudo isso tem de ser feito com sensibilidade, inteligência e amor, explorando os vínculos possíveis onde se exerce mais cidadania, mais participação e mais comunicação alternativa, aprofundando tanto quanto o possível o conhecimento científico.

Cuba está a inaugurar uma série de Blogs que estão abertos aos mais diversos temas sociais, económicos e culturais, Blogs onde será possível, com as intervenções da audiência, realizar-se um pouco a “batalha das ideias” de que ninguém entre os vivos se deve furtar.

Ontem mesmo, dia 9 de Maio, foi inaugurado um deles, o “Tudoparaminhacuba”!

Dei uma espreitadela e dele destaquei o artigo que junto em anexo, que faz uma curta abordagem sobre as questões que se prendem com a maternidade, com base na reconhecida organização internacional “Save the Children”!

No Página Global vários dos autores presentes têm tratado temas que espreitam a situação na imensa região do Sahara / Sahel, uma das mais vulneráveis do planeta e onde a instabilidade é um factor constante de há décadas a esta parte.

O sentido da vida tem pouco significado nessa imensa região, sujeita a um subdesenvolvimento crónico que neste momento se agrava com a fome, com as tensões, com as guerras, com golpes de estado e com mais refugiados, com um neo colonialismo atroz que submete os povos e inibe qualquer possibilidade de sustentabilidade para uma expressão mínima de desenvolvimento.

Tenho levado sempre em consideração as políticas solidárias de Cuba no que diz respeito a educação e saúde, uma solidariedade que se expressa um pouco por todo o mundo, mas sobretudo em relação a nações onde a vulnerabilidade histórica tem sido maior.

Há mais de 50 anos que Cuba levou para a Argélia o primeiro dos seus destacamentos de pessoal do sector da saúde e desde então Cuba solidária jamais se afastou de África e de nações como o Haiti, do outro lado do Atlântico a mais vulnerável.

Num momento tão crítico para vários países, entre eles a Guiné Bissau, tenho citado o exemplo de Cuba como a via a seguir pela solidariedade internacional e como fonte de inspiração de todas as organizações internacionais, CPLP e CEDEAO incluídas.

No caso da CPLP, que é uma organização que privilegia a comunidade que fala a mesma língua, depois do início do processo de ingresso da Guiné Equatorial, tenho mantido a proposta de abrir as portas a Cuba, por razões que tenho enumerado oportunamente e aqui espelho de novo.

Quando foi preciso lutar pela libertação do continente do colonialismo e do “apartheid”, a língua não foi obstáculo.

Quando é preciso ensinar, ou curar, a língua não tem sido obstáculo.

Cuba está presente em todo o espaço lusófono, principalmente onde as necessidades em termos de educação e saúde são maiores, levando a sua acção ás mais marginalizadas comunidades.

Julgo que com todo o mérito próprio, Cuba deveria ser considerada naturalmente pelo menos como um membro observador da CPLP!

Esta lição de apego à vida é crucial, cada vez mais crucial, para todos nós e por isso, ao verificar a inauguração desse novo Blog, levanto uma das maiores preocupações: O QUE ESTAMOS A FAZER PARA, COM SENTIDO DE VIDA, GARANTIR A SOBREVIVÊNCIA A TODAS AS CRIANÇAS QUE NASCEM NAS REGIÕES MAIS VULNERÁVEIS DO PLANETA?

Que venham Blogs como este, por que a aprendizagem tem de ser comum e os bons exemplos devem-se multiplicar, particularmente naquelas nações que na modernidade emergiram da antiga rota dos escravos!


2 comentários:

Anónimo disse...

Cuba entre os primeiros países para as mães

Cuba, Argentina e Uruguai são os melhores países latino-americanos para uma mãe, enquanto os piores do mundo foram Níger e Afeganistão, de acordo com um relatório do grupo humanitário Save the Children tomado como taxas de referência da desnutrição infantil.
Em alusão ao Níger e Afeganistão, o documento disse que eles ocorrem pelo alto nível de desnutrição infantil nos dois primeiros anos de vida da criança, a Agência não-governamental, sediada em Londres, advertiu que, se as políticas do Governo permanecem inalteradas nos países mais pobres do mundo, pelo menos 450 milhões de crianças sofreram de desnutrição nos próximos 15 anos.


De acordo com a Save the Children, se uma criança não obter suficiente alimento corre o risco de dano físico e mental permanente. Além disso, ele ressaltou que uma boa nutrição dos lactentes em grande parte está relacionada com a renda de um país.


A Agência elaborou uma lista de 165 países comparando as condições para as mães, que classificou nos primeiros posts para os países escandinavos. Ele considerou vários factores na elaboração do relatório, incluindo os aspectos de saúde, educação, status económico e nutrição. A lista indica que os países do mundo onde é mais fácil de ser mãe: Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia e Dinamarca, seguida pela Finlândia, Austrália, Bélgica, Irlanda, Holanda e Grã-Bretanha.


Com relação à América Latina, os melhores países para ser uma mãe foram Cuba, seguido de Colômbia, Brasil, Costa Rica, Chile, Venezuela, México, Equador e Peru, Argentina e Uruguai, enquanto o pior foram Nicarágua, Honduras e Guatemala. No seu relatório, Save the Children encontrou que simples medidas como incentivar as mães a amamentar seus filhos poderiam salvar a vida de um milhão de bebés por ano. No entanto, o relatório também descobriu que menos de 40 de todas as crianças em países desenvolvidos recebem todos os benefícios do aleitamento materno exclusivo. Isto é parcialmente devido à falta de programas nacionais de
aleitamento materno.


No seu relatório, Save the Children também salientou que a riqueza não é o único factor. As ONG citaram o exemplo do Malawi, onde iniciativas do governo para promover a amamentação e melhorar a higiene, estão produzindo resultados positivos. 'Precisamos urgentemente uma liderança mundial no campo da desnutrição levando a projectos-chave de nutrição para as mães e seus bebés e para garantir o bem-estar de saúde e sobrevivência de crianças', afirmou o director de políticas da Save the Children, Brendan Cox. O perito indicado que medidas focadas em 1.000 primeiros dias do bebé, a partir de gravidez, 'poderiam quebrar o ciclo vicioso da desnutrição'.


Por seu lado, Nações Unidas solicitou financiamento urgente para fornecer ajuda alimentar para 160.000 refugiados de Mali e quase 4 milhões de pessoas no Níger por causa do agravamento da situação na região do Sahel. De acordo com o programa alimentar mundial das Nações Unidas, a situação foi agravada por secas sucessivas no Níger, acrescentado para os preços elevados dos alimentos e más colheitas, bem como para a chegada de milhares de refugiados fugindo de perseguições políticas no Mali vizinho.

http://tudoparaminhacuba.hazblog.com/Primeiro-blog-b1/Cuba-entre-os-primeiros-paises-para-as-maes-b1-p4.htm

Anónimo disse...

O artigo encontra-se ainda em:

http://tudoparaminhacuba.wordpress.com/2012/05/22/o-homem-como-prioridade-de-todas-as-atencoes/

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