AC - Lusa
Pequim, 29 mai (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, considerou hoje "excelentes" as relações com a China, qualificando este país como "um parceiro económico incontornável".
"Temos uma excelente relação com a China, baseada no respeito e confiança mútuas, e com possibilidade de ser ainda mais aprofundada", disse Zacarias da Costa à agência Lusa em Pequim.
"A China é hoje um país importantíssimo na região e no mundo e um parceiro económico incontornável. Nós temos encontrado a melhor forma de aproveitar esse excelente relacionamento para benefício dos nossos países e povos", acrescentou.
Zacarias da Costa chegou no passado fim-de-semana a Pequim, numa "visita de trabalho" de cinco dias à China para celebrar o 10.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e "aprofundar" os contactos bilaterais.
"A China foi um dos primeiros países a estabelecer relações com Timor e um dos primeiros a abrir uma embaixada em Díli", salientou.
Em declarações à agência Lusa, Zacarias da Costa referiu que a China é um dos "cinco maiores parceiros" de Timor-Leste, juntamente com a Indonésia, Austrália, Singapura e Portugal.
Enumerando as áreas de "avultada cooperação" com a China, o ministro timorense destacou a agricultura, em particular o desenvolvimento do arroz híbrido, a construção de infraestruturas, nomeadamente edifícios públicos, e a formação de recursos humanos.
"Desde a independência, mais de mil funcionários públicos participaram em cursos de curta duração na China", indicou.
Zacarias da Costa realçou também que "os dois maiores investimentos privados" feitos no seu país, entre os quais um complexo comercial em Díli, com hotel e escritórios, são de timorenses de etnia chinesa.
A embaixadora de Timor-Leste na China, Vicky F.H.Tchong, é igualmente de origem chinesa.
Antiga colónia portuguesa, com cerca de um milhão de habitantes, maioria católicos, Timor-Leste tornou-se independente em maio de 2002, após mais de duas décadas de ocupação militar indonésia e de dois anos sob administração da ONU.
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