sábado, 5 de maio de 2012

União Africana-Presidência: Diplomacia da SADC procura apoios na CEDEAO



Angola Press, com foto

Abuja - O secretário de Estado das Relações Exteriores para a Administração, Rui Mangueira, chegou esta manhã a Abuja, para contactos oficiais junto das autoridades nigerianas, visando a obtenção de apoios para o candidato da SADC ao cargo de presidente da Comissão da União Africana.

Rui Mangueira integra uma delegação conjunta da SADC em que se inclui os ministros da Segurança do Estado da África do Sul, Slyabonga Cwele, e dos Negócios Estrangeiros da Namíbia, Utoni Nujoma, que desde alguns dias efectua uma deslocação por alguns países da região da África Ocidental, com o mesmo objectivo.

Em Abuja, a comitiva da SADC deverá ser recebida hoje pelo Chefe de Estado da Nigéria, Goodluck Jonathan.

A delegação da SADC já esteve em Cabo Verde, Senegal e na Gambia. A Nigéria, país com fortes influências na região da CEDEAO, é a penúltima etapa dessa digressão que culmina hoje no Gabão.

Nessa altura, os dois candidatos ao cargo de presidente da Comissão da União Africana, entre eles, o actual mandatário, o gabonês, Jean Ping e a sul-africana Nkosazana Dlamini- Zuma, desdobram-se em campanha, visando o angariamento de votos para a eleição a ter lugar em Julho próximo, no Malawi.

A Comissão da UA, o secretariado e órgão executivo desta organização continental encontram-se actualmente sem presidente, devido ao fracasso dos dois principais candidatos, designadamente Jean Ping (cessante) e Nkosazana Dlamini-Zuma que nas eleições realizadas em Janeiro último, em Addis-Abeba, capital etíope, durante a última Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA, não conseguiram obter a maioria de dois terços necessários para o efeito.

Ping, presidente cessante, concorria para um segundo mandato de quatro anos, com o apoio da maioria dos países da África Ocidental, enquanto Dlamini-Zuma era a candidata da África do Sul e de todos os países da SADC.

Na primeira volta, Jean Ping conseguiu reunir 28 votos, enquanto Dlamini-Zuma obteve 25 votos.

Na segunda volta, um dos apoiantes de Ping decidiu mudar o seu voto, pelo que o resultado acabou quase num empate, ou seja 27 votos para Jean Ping e 26 votos para Dlamini-Zuma.

Na terceira volta, Ping conseguiu subir para 29 votos, enquanto Dlamini-Zuma se quedou em 23 votos. Nesta fase, Dlamini-Zuma foi obrigada a retirar-se em conformidade com os regulamentos da UA.

Contudo, isso não se traduziu na eleição automática de Ping, pois mesmo assim ele tinha que conquistar a maioria de dois terços para ser declarado vencedor, algo que não aconteceu. Na quarta volta, apesar de Ping ter concorrido sem adversário, ele não conseguiu persuadir os 36 Chefes de Estado e de Governo a votar por ele.

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