MMT - Lusa
Maputo, 14 jun (Lusa) - As Nações Unidas garantiram hoje que Moçambique vai alcançar a Meta do Milénio sobre a mortalidade infantil até 2015, uma vez que o país já conseguiu baixar para metade a taxa de mortes de menores de cinco anos.
Segundo a coordenadora residente da ONU em Moçambique, Jennifer Topping, Moçambique conseguiu reduzir drasticamente a taxa de mortalidade infantil de "153 mortos por mil nados vivos em 2003, para 97 mortos por mil nados-vivos em 2011".
"Isso significa uma redução de 50 por cento desde 1997 e que a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio para taxa de mortalidade abaixo dos cinco anos de 83 mortos por mil nados vivos será alcançável até ao final de 2015", afirmou Jennifer Topping.
A responsável falava no ato do lançamento do programa de capacitação técnica na área da Saúde em apoio às metas números 4 e 5, referentes à saúde materna infantil, definidas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU.
Segundo Jennifer Topping, "a taxa de mortalidade materna também tem sofrido uma redução promissora de cerca de 690 mortes por 100 mil nados vivos em 1997 para 500 por 100 mil em 2007".
A meta do Objetivo do Desenvolvimento do Milénio para a taxa de mortalidade é de 250 por 100 mil nados vivos até 2015.
Hoje, o governo do Canadá anunciou um apoio de 20 milhões de dólares para capacitação técnica do Ministério da Saúde de Moçambique, com ajuda de quatro agências da ONU, visando o alcance das Metas do Milénio sobre saúde materna infantil.
"O programa visa proporcionar melhores serviços de assistência a mulheres grávidas de modo a que tenham partos seguros e, por conseguinte, garantir às crianças um começo de vida saudável", disse Jennifer Topping.
O plano, associado à agenda governamental, prevê a formação de profissionais da Saúde, a aquisição de equipamento para unidades sanitárias, visando auxiliar melhor as mulheres e seus filhos, e apoiar na planificação, supervisão e monitoria dos sistemas de saúde.
"As ações de reforço e complementaridade incluirão a prevenção e o tratamento da malária, bem como o tratamento da má nutrição, através de melhor acesso ao pacote de nutrição básica e de campanhas para o aleitamento exclusivo", disse a representante da ONU em Moçambique.
Mais de 80 por cento dos 20 milhões de dólares disponibilizados pelo Canadá vão ser alocados à Zambézia, a província com maior prevalência de subnutrição entre as crianças com menos de cinco anos e com um dos menores índices de acesso aos cuidados pré-natais (74 por cento em 2011, contra 91 por cento da média nacional).
O alto-comissário do Canadá em Moçambique, Alain Latulippe, considerou que "o alívio da mortalidade infantil é uma notícia positiva", pelo que apelou à boa gestão da verba hoje disponibilizada.
"O nosso Governo, tal como os governos dos parceiros, quer ver os resultados dos seus investimentos", disse Alain Latulippe.
O ministro da Saúde de Moçambique, Alexandre Manguele, reconheceu que "os desafios são enormes", mas assegurou que o executivo moçambicano "vai continuar a trabalhar para corresponder às expetativas da população moçambicana".
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