sábado, 9 de junho de 2012

Portugal: Rui Rio defende que câmaras endividadas não devem ter eleições




O presidente da Câmara do Porto defendeu que as autarquias muito endividadas deveriam ser geridas por uma comissão administrativa e não ter eleições.

Rui Rio falava na Curia, distrito de Aveiro, como orador convidado da 2.ª universidade do poder local, organizada pelo PSD Nacional, JSD Nacional e Grupo Europeu do PSD (GEPSD), em que abordou questões relacionadas com os orçamentos municipais.

«Quando uma câmara está excessivamente endividada, quem vier depois a ganhar eleições não tem margem para tomar qualquer decisão política. As câmaras endividadas não deviam ter eleições, mas sim uma comissão administrativa para a gestão corrente, até estarem equilibradas», defendeu.

O presidente da Câmara do Porto manifestou o seu apoio às medidas do Governo para forçar as autarquias a terem uma gestão equilibrada, mas disse esperar que o PSD seja coerente nas próximas eleições autárquicas e não recandidate autarcas que fizeram má gestão.

«Estou para ver se o PSD nas autárquicas vai ser coerente e deixa de apoiar quem geriu mal. Vai o partido ter essa coerência ou dizer que só os do PS é que geriram mal?», questionou.

Ao dirigir-se a jovens quadros da JSD e possíveis candidatos, Rui Rio aconselhou a equilíbrio e seriedade na elaboração dos orçamentos municipais, que na maioria dos casos «estão viciados há muito tempo» em Portugal.

O autarca descreveu que a maioria dos endividamentos excessivos das câmaras não se deve aos endividamentos bancários mas às dívidas aos fornecedores.

Para fazer despesa, a receita é empolada, sobretudo as receitas extraordinárias, como a venda de terrenos que depois não se concretiza, ou pelo menos pelo montante inscrito, explicou.

Rui Rio aconselhou futuros autarcas a criarem «uma almofada» ou «conta-saco», colocando uma verba «bastante superior» numa rubrica de despesa, que depois possa ser transferida para outras rubricas se algo correr mal.

O autarca afirmou que é o que tem feito na Câmara do Porto e, mesmo assim, «é muito difícil se, a meio do exercício orçamental, é retirado cinco por cento do IMI, como o governo decidiu».

Opinião Página Global

Pois claro. Cá estão os FDP a defender a suspensão provisória da democracia, neste apelo salazarento referem isso mesmo para autarquias. Eles (políticos) desbundam, abundam em corrupção e roubos, fazem más gestões, e em vez de serem responsabilizados por isso, não. Quem se trama é a democracia. Não haver eleições por responsabilidade de autarcas, de políticos que usam e abusam da impunidade só pode ser fruto de mentecaptos salazarentos e nada mais que isso. Agora, instalada que está a barbárie dos ataques à democracia, à Constituição, às liberdades e aos Direitos dos portugueses, os Rios deste país a saque estão bem mais descarados. Manuela Ferreira Leite há cerca de um ano também defendeu um interregno da democracia. Os PSDs estão repletos de salazaristas, de ditadores abrigados na cor laranja de um pseudo partido social democrata. Não é por acaso que Portugal caminha, de ataque em ataque, para os tempos cinzentos e negros da ditadura salazarista. Agora com novas roupagens e novas tecnologias mas sempre com a mesma falta de justiça, de liberdade, de democracia. De Belém a São Bento, da Câmara Municipal do Porto até muitos outros negros horizontes a democracia em Portugal vai morrendo ante os olhos de um povo acarneirado, adormecido, que reage convulsivamente, em pequeno número e só para não dizer que nada diz nem nada faz para resistir. O resultado é esse mesmo: a ausência de resistência, de resposta adequeada e urgente aos ataques à democracia, à justiça, à liberdade, aos direitos consagrados constitucionalmente. Um povo que nem ao menos se insurge por tanto ser roubado, desconsiderado e desprezado, que espécie de povo é?

2 comentários:

Anónimo disse...

Em democracia os eleitores elegem o Isaltino, o João Jardim, o Sócrates, o Cavaco, o Louçã, o ladrão de gravadores e toda a corja de FDP que refere e papam boas refeições na AR... por 10€!
Defendendo a democracia, é paradoxal insultar os FDP que a representam (e aos eleitores que os elegeram também)...
Luis

Página Global disse...

pois. Então a democracia não presta. Vamos ficar felizes por suspenderem-na. Viva! Os Rios é que sabem! O povo é uma besta! Elege só estafermos e ladrões! Ops... È, não é?
Abaixo a democracia! Vivam os Rios, as Manelas, os salazares da atualidade!

Ai... ai... Onde é que já vimos e ouvimos isto?

AV do PG

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