quarta-feira, 4 de julho de 2012

Guiné-Bissau: O GOVERNO ILEGÍTIMO E AS NOTÍCIAS


Fernando Vaz

Guiné-Bissau não participa nos jogos da CPLP - governo de transição

03 de Julho de 2012, 15:10

Bissau, 03 jul (Lusa) - A Guiné-Bissau não participa nos oitavos jogos da Comunidade dos País de Língua Portuguesa (CPLP), que decorrem entre os dias 07 e 15 em Mafra, Portugal, disse hoje o porta-voz do Governo guineense, Fernando Vaz.

Falando à imprensa para um balanço do primeiro mês do governo de transição, Fernando Vaz, que é também o ministro da presidência do Conselho de Ministros, disse que a Guiné-Bissau não irá aos jogos da CPLP por uma questão financeira, já que tem "outras prioridades em termos de custos".

Mas também não participa, acrescentou, porque "não faria sentido participar nos jogos de uma organização" que não reconhece o governo de transição da Guiné-Bissau.

"Se não nos reconhecem, não nos querem na sua casa", disse Fernando Vaz.

Fonte da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desporto indicou à Lusa que, "apesar dos problemas políticos" existentes entre o atual Governo e a CPLP devido ao golpe de Estado, a Guiné-Bissau "foi formalmente convidada e até recebeu, no passado sábado, o calendário dos jogos".

"Acredito que se não formos aos jogos é, por um lado, por uma decisão política das nossas autoridades e por outro por falta de verbas", assinalou a fonte.

A delegação guineense, que deveria integrar 65 elementos, ia levar aos jogos atletas do ténis, atletismo, basquetebol, voleibol e desporto para deficientes. O futebol não ia estar presente porque a federação desta modalidade fez a sua inscrição fora do prazo, explicou ainda a fonte da secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desporto.

Uma outra fonte ligada aos preparativos para os jogos da CPLP disse à Lusa que alguns atletas estão a tentar junto do Presidente de transição, Serifo Nhamadjo "demover o Governo" da sua decisão de não autorizar a presença do país nos jogos.

Com o golpe de Estado protagonizado por militares no passado mês de abril, a CPLP deixou de reconhecer as novas autoridades entretanto criadas para gerir a transição, que deve durar 12 meses.

MB/FP.

Governo de transição prevê menos crescimento económico

03 de Julho de 2012, 17:11

Bissau, 03 jul (Lusa) - A Guiné-Bissau deverá ter um crescimento económico em 2012 de 2,8 por cento, abaixo dos 4,5 por cento inicialmente previstos pelo FMI, disse hoje o porta-voz do Governo de transição, Fernando Vaz.

De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional, feitas em dezembro do ano passado por Alfredo Torres, representante residente da instituição, o país cresceu em 2011 cerca 5,3 por cento, prevendo-se que este ano o crescimento fosse de 4,5 por cento, um número agora revisto em baixa pelo Governo de transição.

Num balanço do primeiro mês do governo de transição, Fernando Vaz, acompanhado dos ministros da Justiça e da Administração Territorial, passou em revista todos os setores e deixou uma garantia: "o nosso compromisso vem sendo honrado com seriedade, esforço e responsabilidade de Estado."

Presidente de transição reúne-se com principais dirigentes do país

03 de Julho de 2012, 19:33

Bissau, 03 jul (Lusa) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, reuniu-se hoje com o presidente do parlamento, o primeiro-ministro de transição e o chefe das Forças Armadas, para analisarem a evolução da situação política do país.

De acordo com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, a reunião, que durou quatro horas, foi "uma concertação normal entre os diferentes órgãos que estão a gerir a transição" do país.

Já com a reunião a decorrer, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Imbali, foi também convocado, mas tal como o presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular (ANP, o parlamento guineense), Ibarima Sory Djaló, deixou a reunião sem fazer quaisquer declarações à imprensa.

O chefe das Forças Armadas, general António Indjai, que também assistiu ao encontro, não falou aos jornalistas, tendo mesmo abandonado as instalações da presidência da República pelas traseiras do edifício.

Questionado sobre se a reunião tinha como objeto analisar o impasse que se regista no Parlamento, onde as duas principais bancadas não se entendem quanto à agenda dos assuntos a serem debatidos, o primeiro-ministro de transição disse que não.

"Não falámos sobre a questão do Parlamento. Talvez numa próxima reunião", declarou Rui de Barros.

O Parlamento guineense tem registado um impasse total uma vez que os dois principais partidos, o PAIGC e o PRS, não se entendem sobre a agenda dos trabalhos na sessão plenária do órgão.

A sessão, aberta desde a passada sexta-feira, ainda não funcionou já que sistematicamente tem sido suspensa todos os dias devido à falta do entendimento sobre a agenda dos trabalhos.

MB.

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