sábado, 7 de julho de 2012

Lusófona e Relvas desmentem Expresso e garantem que ministro fez quatro exames



i online, com Lusa

O ministro autorizou o acesso ao seu processo académico

O ministro Miguel Relvas autorizou o acesso ao seu processo académico para se “poder verificar a regularidade e qualidade do mesmo”, informa em comunicado a Universidade Lusófona, garantindo que irá levar este caso à Justiça.

“Face à gravidade das questões levantadas, a Universidade já solicitou e obteve, conforme legalmente previsto, autorização do senhor ministro Miguel Relvas para conceder acesso ao seu processo académico e por essa via poder defender-se e comprovar as inverdades produzidas em torno deste suposto caso”, refere a nota enviada esta noite à agência Lusa.

A Universidade Lusófona divulgou entretanto os nomes dos quatro docentes que avaliaram o ministro Miguel Relvas no ano letivo 2006/2007, numa reação à notícia do jornal Expresso segundo a qual “Três dos quatro professores de Relvas nunca o avaliaram”.

Da lista divulgada pela Lusófona apenas um docente coincide com os nomes avançados pelo Expresso, o professor Almeida Tomé, que assumiu ao semanário que teve Miguel Relvas como estudante.

Segundo o semanário Expresso, “os professores das três cadeiras de Ciência Política exigidas a Miguel Relvas para se licenciar – das quatro que a Universidade Lusófona considerou necessárias para atribuição do diploma – garantiram ao Expresso que nunca viram o atual ministro-adjunto naquela escola e, claro, também nunca o avaliaram”.

António Filipe, Feliciano Barreiras Duarte e Pereira Marques são os três docentes avançados pelo Expresso que “não viram nem avaliaram” Miguel Relvas.

Segundo a Universidade Lusófona, Manuel Jerónimo Marques dos Santos, António Joaquim Viana de Almeida Tomé, Paulo Jorge Rabanal da Silva Assunção e António Fernando dos Santos Neves foram os docentes que avaliaram o ministro no ano letivo de 2006/07.

A Universidade Lusófona refere também que “três dos quatro docentes referidos no Expresso não lecionaram no ano letivo 2006/2007 as unidades curriculares em questão, ou lecionaram em turmas que não foram frequentadas por Miguel Relvas”.

Também Miguel Relvas já veio desmentir a notícia avançada pelo jornal “Expresso”. “Ao contrário do que escreve o ‘Expresso’, que preferiu apenas recolher declarações de um dos professores envolvidos, o Dr. Miguel Relvas foi avaliado por quatro docentes da Universidade Lusófona, nas suas respectivas disciplinas”, pode ler-se num comunicado enviado pelo gabinete do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

No comunicado, o gabinte de Relvas salienta que a notícia “não se pode qualificar de jornalismo sério e rigoroso”.

“Confrontado com o desmentido dos responsáveis da Universidade Lusófona, o ‘Expresso’ tem o dever de repor a verdade dos factos e de pedir desculpa aos seus leitores. Isto sem prejuízo de um eventual procedimento judicial do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares contra os responsáveis editoriais do semanário, bem como à autora da notícia que se comprovou ser falsa”, pode ainda ler-se.

Contactado pela Lusa, o director do Expresso, Ricardo Costa, disse também que “a mesma universidade que hoje resolve divulgar os nomes dos professores, até ontem dizia por escrito a toda a gente que o nome dos professores era uma questão do foro privado da universidade”.

“Se alguém escondeu informação e não ajudou a esclarecer rigorosamente nada neste caso foi a universidade e o próprio ministro”, afirmou, adiantando ainda que o processo é hoje divulgado “graças à investigação do Expresso”.

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