JCS - Lusa
Macau, China, 16 jul (Lusa) - Os distúrbios em Timor-Leste praticados por alegados membros da Fretilin "não são feitos em nome" do partido, mas são "consequência de atitude irresponsável do CNRT e de alguns dos seus membros", afirmou hoje à agência Lusa Mari Alkatiri.
"Os atos criminais não têm nada a ver com a organização. A qualidade das pessoas é uma coisa, os atos das pessoas é outra coisa", disse o mesmo responsável ao salientar que ninguém pratica distúrbios em nome da Fretilin.
Num contacto telefónico feito a partir de Macau, Mari Alkatiri salientou, contudo, que a reação das pessoas é uma resposta à "atitude irresponsável do partido CNRT e dos membros do partido".
"Utilizaram os canais oficiais para fazerem uma conferência em direto e fazerem quase julgamento público à Fretilin", disse Mari Alkatiri ao sublinhar que publicamente os membros do CNRT acusam a organização Fretilin de "não contribuir para a paz e outras coisas".
"Isto é um ato irresponsável que teve lugar numa conferência do partido" e que depois gerou "reações espontâneas de pessoas e não da organização", assinalou.
Mari Alkatiri disse também ter já falado com o presidente da República e com um colaborador de Xanana Gusmão "apelando a que assumam uma postura que acalme as pessoas".
Com lugar garantido na oposição depois do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense ter decidido convidar o Partido Democrático e a Frente Mudança para formar um governo maioritário, Mari Alkatiri garante "respeitar totalmente o resultado eleitoral", mas diz que a oposição do país nunca passou de cosmética.
"Eles dizem que querem uma oposição forte, mas é cosmética porque o Governo nos últimos cinco anos nunca respeitou a oposição", concluiu.
1 comentário:
Alkatiri mentiroso e paspalhão. Imaginava apodrecer no poder, mais a história foi outra.
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