terça-feira, 17 de julho de 2012

Timor-Leste: NOITE E MANHÃ CALMAS SEM INCIDENTES SIGNIFICATIVOS



JCS - Lusa

Macau, China, 17 jul (Lusa) - A situação em Timor-Leste "está calma" e a noite "foi passada sem incidentes significativos", disse hoje à agência Lusa fonte policial ao salientar que a polícia tem respondido a todas as solicitações.

"Com exceção de uma ou outra pedrada e da criminalidade normal não se registaram quaisquer incidentes no país", disse a fonte contactada telefonicamente a partir de Macau.

Depois de dois dias com registo de ações criminosas com ataques a viaturas e a pessoas, a polícia nacional timorense mantém várias patrulhas prontas a atuar em qualquer cenário e tem tratado os casos de ataques e obstrução das vias como simples atos criminais.

"Isto não é luta política, porque essa faz-se no parlamento através da discussão de ideias que é ou não apoiada pela população que se expressa através do voto, isto é criminalidade de pessoas que atiram pedras e se escondem, que tentam obstruir as ruas e fogem e que atacam carros e pessoas quase sempre no anonimato", disse a fonte ao salientar que não estão em causa partidos, estão em causa pessoas que cometem atos de delinquência.

Opinião diferente tem, contudo, o presidente timorense, Taur Matan Ruak, que na segunda-feira, depois de reunir com os quatro partidos que conquistaram assentos parlamentares, afirmou que os incidentes registados no domingo foram provocados por partidos com assento parlamentar, sem especificar quais.

Nas legislativas de 07 de julho, o Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, angariou 36,68 por cento dos votos, garantindo 30 lugares no Parlamento, a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) 29,89 por cento dos votos e 25 lugares, o Partido Democrático (PD) 10,30 por cento e oito lugares e a Frente Reconstrução Nacional de Timor-Leste (Frente Mudança) 3,11 por cento dos votos e dois lugares.

No domingo, os distúrbios ocorreram depois de o partido de Xanana Gusmão ter convidado os dois partidos que elegeram menos deputados para formar Governo, rejeitando uma coligação com a Fretilin, o segundo partido mais votado pelos timorenses.

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