MSE - Lusa
Díli, 03 jul (Lusa) - João Correia, que faz 50 anos em novembro, foi levado para a política pelo primeiro Presidente de Timor-Leste Xavier do Amaral, depois de desistir de ser padre para perpetuar o nome da família.
Nascido no distrito de Bacau, a leste de Díli, a 10 de novembro de 1962, João André Avelino Correia fez os estudos elementares naquela cidade, tendo depois completado o ciclo preparatório com os padres salesianos.
No período que antecedeu a revolução de abril de 1974 em Portugal e até 1975 deixou de estudar por causa da luta pela independência de Timor-Leste.
Com a invasão indonésia de Timor-Leste em 1975 regressou aos estudos.
"Rendi-me aos indonésios e voltei a estudar e acabei o secundário e depois caí na tentação de seguir a carreira de padre", disse à agência Lusa João Correia, o presidente da Associação Social-Democrata Timorense (ASDT).
Depois de uma experiência de dois anos, João Correia foi para Jacarta, capital indonésia, onde fez os estudos e regressou a Timor-Leste para o estágio espiritual.
Nas Filipinas, fez os estudos teológicos e acabou por ser ordenado padre.
Já em 2004, e depois da restauração da independência do país, colocou-se a questão de perpetuar o nome da família Correia (através da descendência), porque o irmão do atual presidente da ASDT também é padre, estando atualmente no Vaticano.
"Fiz um pedido a Roma e fui dispensado, depois fui convidado por Xavier do Amaral para integrar o partido", disse João Correia, casado e pai de dois filhos.
À Lusa lembrou as palavras de Francisco Xavier do Amaral, que morreu no início deste ano, quando o convidou a integrar a ASDT: "Vamos de mãos dadas tomar conta deste partido".
"Agora sou presidente", diz.
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