terça-feira, 14 de agosto de 2012

Isabel dos Santos e Allianz subscrevem mais de 90% do aumento de capital do BPI




Mais de 90% do aumento de capital do BPI foi subscrito por apenas três accionistas: La Caixa, Isabel dos Santos e Allianz. Num aumento de capital de 200 milhões de euros, mais de 182 milhões foi investido por estes três accionistas.

91,2% do aumento de capital do BPI foi subscrito por La Caixa, Isabel dos Santos e Allianz. O banco catalão foi o que mais investiu neste aumento de capital ao subscrever 251.052.206 acções por 125,5 milhões de euros.

Este investimento permitiu ao La Caixa aumentar a sua participação no BPI de 39,5% para 46,22%.

Isabel dos Santos, que antes do aumento de capital detinha uma participação de 19,4% no BPI, subscreveu 78.278.047 de acções, o que representa um investimento de 39,1 milhões de euros.

Com o aumento de capital, a Santoro da empresária angola ficou com 19,47% do capital social do banco liderado por Fernando Ulrich.

Já o Allianz subscreveu 35.501.292 novas acções no aumento de capital por 17,75 milhões de euros, o que lhe permitiu aumentar a participação no banco português para 8,83%.

No total, estes três grandes accionistas do banco subscreveram 91,2% do aumento de capital, o que representa 182.415.773 euros.

Como as novas acções incorporaram um desconto menor do que o esperado face ao preço dos títulos negociados no mercado secundário, é natural que muitos dos pequenos accionistas tenham decido não subscrever os direitos. Até porque as acções negociaram em bolsa abaixo do preço de subscrição (0,50 euros), durante o período da oferta.

Isabel dos Santos, que comprou recentemente as participações da espanhola Telefónica e da Cinveste, terá investido nesta operação cerca de 85 milhões de euros. O preço de venda dos mais de 33 milhões de títulos da Zon detidos pelo banco público terá sido de 2,6 euros por ação.

Isabel dos Santos é descrita pelo jornal português Público como "uma boa mulher de negócios, extremamente dinâmica e inteligente, que também é profissional e amigável".

Aos 24 anos, ela entrou para o negócio e, desde então, tem habilmente utilizado a influência de seu pai. Ela iniciou as suas actividades na capital, Luanda, onde fundou a empresa Urbana 2000 que ganhou o contrato para a limpeza e desinfestação da cidade. Na bem conhecida Ilha de Luanda, abriu em 2006 o Miami Beach Club, um dos primeiros clubes da noite na capital. Mais tarde, ela trabalhou para a Ascorp, uma empresa de comércio de diamantes em Angola. Lá, ela foi uma parceira do comerciante de diamantes israelita Lev Leviev. A associação de Isabel dos Santos ao negócio dos diamantes, em Angola, é bem conhecida. Em parceria com a sua mãe, com nome mais recente Tatiana Cergueevna Regan, Isabel dos Santos constitui a 2 de Abril de 1997, em Gibraltar, a empresa Tais Ltd., na qual detinha 75 porcento das acções, cabendo o resto à sua mãe.

Ela tornou-se rapidamente uma figura chave para a gestão dos bens da família e participou em várias holdings para adquirir a propriedade e a participação de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal.

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