segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA SOBRE O SENTIDO DE VOTO NAS ELEIÇÕES



Reposição

COMUNICADO DE IMPRENSA DA COMISSÃO DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA SOBRE O SENTIDO DE VOTO NAS ELEIÇÕES NO DIA 31 DE AGOSTO DE 2012 EM ANGOLA

O presente Comunicado serve para clarificar as inquietações que tem estado a surgir no seio da sociedade sobre a posição da Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, em Angola quanto ao processo eleitoral em curso, que culminará dia 31 de Agosto próximo, com a realização das eleições gerais (legislativa e Presidências simultâneas com o candidato Presidente cabeça de Lista da formação Partidária concorrente ao pleito, de acordo com a nova constituição aprovada em 2010).

Pelas responsabilidades socio políticas e históricas que a CMJSPLT tem no processo de democratização em Angola e particularmente dentro da Nação Lunda Tchokwe, a Direcção da CMJSPLT não se demite da sua condição de uma parte importante do mosaico etnolinguístico dos retalhos que formam a Angola actual e responsável, sério e com sentido de Estado, por isso, esclarece a Comunidade Nacional Angolana, a Comunidade Internacional e a População da NAÇÃO LUNDA TCHOKWE (Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte) sobre a participação do nosso povo no presente processo eleitoral, evitando desse modo todo o género de informações enganosas, que têm como objectivo confundir os eleitores.

A revindicação pacificação da nossa causa é da providência divina. Imploramos aos angolanos aceitarem a nossa revindicação e a expropriação sem vingança daquele território. A difícil tarefa com que estamos devotados e comprometidos, será doravante vencida. A nossa pereníssima revindicação terá um fim vitorioso com ajuda das aspirações dos nossos antepassados, a quem invocamos afincadamente todos os dias.

Os porta-vozes desta honrosa missão não são fracos, nem cobardes. Temos do nosso lado um povo historicamente capaz e valente, munido duma força transcendental, capazes de vencer todas as formas caprichosas da vossa heresia política, destinado a destruir-nos num espaço que Deus nos concedeu, mas a vitória não é apenas um acto dos gigantes nem dos ricos.

Nós estamos empenhados numa árdua luta pela liberdade e justiça social do nosso povo, repor a legalidade de um direito que a mãe natureza nos concedeu. Não conhecemos outra forma menos violenta de reclamar um direito, que não seja todas as tentativas e recursos de “Diálogo” por nós usados; enviamos petições; suplicamos; prostramo-nos perante o trono de LUANDA, implorámos a sua intervenção para deter as mãos tirânicas do terrorismo de Estado Angolano contra os filhos da Nação Lunda Tchokwe, reclamamos perante, o Sr Presidente José Eduardo dos Santos, tudo caiu a fracasso, e fomos desdenhados, retaliados com detenções, prisões arbitrárias, sem julgamento, ignorados, parece que depois de tudo isso querem mostrarem ao mundo que vós sois do eixo do bem.

Porém aproxima-se as eleições em Angola onde os filhos da Nação Lunda Tchokwe são chamados a legitimar os vossos poderes, querendo ou não, pelo que respeitamos o direito a liberdade individual.

Mas perante o facto, vamo-nos fazer presente ao acto cívico para manifestarmos o nosso “Descontentamento” e a ilegalidade da vossa permanência no território da Nação Lunda Tchokwe; o nosso povo será orientado e votará sabiamente a favor dos vossos opositores políticos, se não usardes métodos fraudulentos, vereis que a vossa representação parlamentar naqueles círculos eleitorais resultará em nada para vós.

Esse gesto de conservarmos o ideal pelo qual nós todos estamos a lutar, não deixaremos de nos acobardar pelas vossas corrupções, intimidações de milícias e assassinatos esporádicas do nosso martirizado povo. Contrariamente a isso saberão retaliar e os vossos vampiros saíram derrotados e esmagarão com todos os vossos interesses económicos naquele território ilegalmente ocupado e pilhado, como um corpo inerte tal como disse o nacionalista angolano António Agostinho Neto.

O nosso glorioso objectivo desta contestação será alcançado por qualquer preço; mais ainda aconselhamos que o governo dirigido pelo Presidente José Eduardo dos Santos, Reveja as modalidades de Negociarmos a questão da Lunda para impedir que a ira deste povo caía sobre vós e ao vosso povo.

A nossa revindicação legítima do nosso direito natural, não é um mero incidente como as revindicações de 1848 na Europa.

Nós continuamos a clamar e a implorarmos a Revindicação da Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica da Nação Lunda Tchokwe mais sem sucesso. Já reafirmamos a nossa posição na comunidade nacional e internacional aos protagonistas do Protectorado, nomeadamente Portugal, França, Inglaterra, Bélgica e Vaticano, estes aguardam o pronunciamento de Angola na primeira estância e consequentemente de Portugal.

A questão já ultrapassou a dimensão das intimidações, perseguições e eliminação física de figuras singulares da liderança do Manifesto. Este agora é um assunto que envolve todos os filhos Lunda Tchokwe e a comunidade Internacional ONU, União Europeia e a União Africana. Até porque vamos recordar ao Sr. Presidente que outrora a vossa luta de libertação de Angola e contra vossos adversários políticos internos, o povo Lunda Tchokwe foi o expoente máximo da vossa vangloriosa vitória.

Irmãos Angolanos, o sínico silêncio do regime de LUANDA não mostra a vontade Negocial sobre a Autonomia da Lunda Tchokwe que até por sinal, a autonomia está plasmado no primeiro estatuto do MPLA 1965 – 1977, que o congresso da transformação do MPLA em Partido de Trabalho sob olhar silencioso do Marxismo-Leninismo, o veio alterar.

O NOSSO POVO EM OBEDIÊNCIA A CMJSPLT VAI SALVAGUARDAR A SUA PARTICIPAÇÃO COMO ACTO DE PROTESTAR E orientar o sentido de voto a favor de um Partido da oposição politica angolana que no devido momento será anunciado, a CMJSPLT estará assim empenhada em contribuir de forma positiva, para que as Eleições que se avizinham sejam realmente livres, transparentes, justas, pacíficas e credíveis, como única forma de aferir á vontade Soberana também do POVO LUNDA TCHOKWE.

Luanda, aos 22 de Junho de 2012

Comité Executivo Nacional do Manifesto do Protectorado da Lunda Tchokwe

Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe


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