terça-feira, 14 de agosto de 2012

NOVOS CAMINHOS DE LUANDA




Carlos Ramos – Sol, com foto

Mais de 300 quilómetros de ruas e acessos estão, nesta altura, em reconstrução na província de Luanda. O projecto, iniciado em 2008, já conseguiu terminar 140, só na grande cidade.

O ministro do Urbanismo e Construção, Fernando Fonseca, e a sua equipa, estiveram esta semana em visita às últimas intervenções na malha viária urbana de Luanda. Fernando Fonseca esteve na companhia do governador provincial de Luanda, Bento Sebastião Bento, e do presidente da Comissão Executiva de Luanda, José Tavares.

O ministro aproveitou para lembrar que este projecto já tem alguns anos e que «foi gizado pelo Presidente da República, enquanto chefe do Executivo e preocupado com a degradação do casco urbano de Luanda». Mostrando-se satisfeito com o que viu, disse aos jornalistas que se pode «fazer um balanço bastante positivo dos trabalhos executados».

Já o governador de Luanda admitiu que o problema dos congestionamentos que se registam na capital vai estar solucionado até ao final deste ano. «Estamos em crer que, até à próxima época chuvosa, os bairros visitados vão apresentar-se sem os habituais alagamentos, que constituem uma das causas dos engarrafamentos», referiu.

Segundo Bento Bento, os trabalhos das empresas intervenientes nas distintas circunscrições dão garantia de que, após concluídas as obras, haverá melhoria nas condições de circulação do trânsito e do ordenamento urbano em Luanda.

O governador da província, a título de exemplo, manifestou-se satisfeito com os trabalhos em curso em várias ruas do bairro do Palanca, que tem sido bastante afectado em épocas de chuva.

Bento Sebastião Bento disse ainda aos jornalistas que algumas das empreitadas adjudicadas no decurso deste ano, no âmbito do processo de recuperação das vias rodoviárias secundárias e terciárias, estarão concluídas no final deste mês de Agosto.

O Programa Especial do Governo de Reabilitação e Manutenção das vias de Luanda, conforme recordou o ministro Fernando Fonseca, foi estabelecido pelo Presidente da República e arrancou em 2008. Tem reabilitados, nesta altura, mais de 140 quilómetros de estradas, ruas e acessos na capital angolana. Mas até ao final do programa deverão ser atingidos os 302 quilómetros. Este ano, e segundo os técnicos que acompanham o processo, foi alcançada a marca de 53,6 quilómetros.

Em causa estão as estradas dos municípios de Cacuaco, Viana e Cazenga, dos distritos da Maianga, Sambizanga, Rangel, Samba e Kilamba Kiaxi, que propiciarão melhorias no ordenamento e segurança das condições de circulação rodoviária e pedonal de Luanda.
No mesmo âmbito, estão em restauro as estradas do bairro Mártires do Kifangondo, Sagrada Esperança, Campo do Inter em direcção à Hyundai, campo do Felício e bairro do Palanca, entre outras.

As referidas empreitadas compreendem a construção das redes de drenagem pluvial, abastecimento de água, rede telefónica, construção de valetas, lancis, passeios, colocação do asfalto, sinalização vertical e horizontal.

Habitações degradadas

Após a visita às obras de requalificação das vias secundárias e terciárias, o ministro do Urbanismo e Construção, Fernando Fonseca, anunciou o início, em breve, da requalificação das habitações degradadas existentes no casco urbano da capital do país.

«Apelamos às diversas entidades, quer públicas quer privadas, a participarem nas empreitadas de requalificação das edificações que temos ao longo destas zonas em que estamos a intervir», sublinhou. «Estamos a assumir um compromisso do Governo Central, em conjunto com o governo da província de Luanda, que visa cuidar das áreas periféricas da cidade capital, carentes de ordenamento e sistema integrado de infra-estruturas», acrescentou o governante.

No entendimento do ministro, «só um trabalho concertado dos dois sistemas de infra-estruturação das vias e da urbanização pode resolver as preocupações de uma cidade que deve estar muito próximo dos sete a oito milhões de habitantes».

Fernando Fonseca admitiu que «a cidade tem crescido consideravelmente de forma desordenada, mas pode-se, agora, com este programa, ordená-la e também requalificá-la».

O ministro do Urbanismo e Construção, nesta visita de trabalho, fez-se acompanhar dos secretários de Estado da Construção, Joanes André, da Habitação, Joaquim Silvestre, e de outros técnicos do seu gabinete.


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