Mãe, esposa e filho de Alves Kamulingue – foto AP |
António Capaladanda – Voz da América
Isaías Cassule e Alves Kamulingue despareceram há mais de três meses. Amnisita pede que sejam enviadas cartas ao Presidente dos Santos
BENGUELA — A Amnistia Internacional lançou uma campanha para pressionar o governo angolano a explicar o desaparecimento de dois activistas raptados há pouco mais de três meses em Luanda.
A Amnistia lançou a campanha “Acção Urgente” para exigir das autoridades angolanas uma explicação sobre o paradeiro de António Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule que não são vistos desde o final do mês de Maio.
Marise Castro, pesquisadora da Amnistia internacional disse a Voz da América que a sua organização pretende com esta campanha mobilizar vários actores nacionais e internacionais para expressarem a sua preocupação por meio cartas endereçadas ao presidente José Eduardo dos Santos, pela segurança de Kamulingue e Cassule que desapareceram sem deixar rasto~.
A Amnistia Internacional apela as autoridades angolanas para que seja realizada com carácter de urgência uma investigação sobre o rapto dos dois desaparecidos com o objectivo de levar os responsáveis pelo desaparecimentod dos activistas a responderem perante a justiça.
“Nós publicamos a "Acção Urgente" para os nossos grupos enviarem cartas às autoridades para pedir explicação do paradeiro dos dois e perguntar quem é o responsável do desaparecimento destas duas pessoas,” disse Marise.
Esta activista da Amnistia Internacional disse que a polícia tinha afirmando não ter detido as duas pessoas mas mesmo assim “há responsabilidade da parte da policia e da Procuradoria abrir uma investigação deste tipo de caso”.
Segundo aquela organização de defesa dos direitos humanos, Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule são veteranos de guerra estiveram envolvidos na organização de uma manifestação de veteranos de guerra e antigos guardas presidenciais, agendada para o dia 27 de Maio. A manifestação tinha como objectivo exigir o pagamento de pensões e salários que lhes são devidos.
Os antigos guardas presidenciais decidiram, no último momento, não participar na manifestação. Contudo diz Amnistia Internacional, os veteranos de guerra prosseguiram com a mesma. Mas mesmo antes do seu início, a manifestação foi violentamente reprimida pela polícia e os manifestantes tiveram que dispersar.
Marise Castro, pesquisadora da Amnistia internacional disse a Voz da América que a sua organização pretende com esta campanha mobilizar vários actores nacionais e internacionais para expressarem a sua preocupação por meio cartas endereçadas ao presidente José Eduardo dos Santos, pela segurança de Kamulingue e Cassule que desapareceram sem deixar rasto~.
A Amnistia Internacional apela as autoridades angolanas para que seja realizada com carácter de urgência uma investigação sobre o rapto dos dois desaparecidos com o objectivo de levar os responsáveis pelo desaparecimentod dos activistas a responderem perante a justiça.
“Nós publicamos a "Acção Urgente" para os nossos grupos enviarem cartas às autoridades para pedir explicação do paradeiro dos dois e perguntar quem é o responsável do desaparecimento destas duas pessoas,” disse Marise.
Esta activista da Amnistia Internacional disse que a polícia tinha afirmando não ter detido as duas pessoas mas mesmo assim “há responsabilidade da parte da policia e da Procuradoria abrir uma investigação deste tipo de caso”.
Segundo aquela organização de defesa dos direitos humanos, Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule são veteranos de guerra estiveram envolvidos na organização de uma manifestação de veteranos de guerra e antigos guardas presidenciais, agendada para o dia 27 de Maio. A manifestação tinha como objectivo exigir o pagamento de pensões e salários que lhes são devidos.
Os antigos guardas presidenciais decidiram, no último momento, não participar na manifestação. Contudo diz Amnistia Internacional, os veteranos de guerra prosseguiram com a mesma. Mas mesmo antes do seu início, a manifestação foi violentamente reprimida pela polícia e os manifestantes tiveram que dispersar.
Alves Kamulingue estava a caminho do local onde os manifestantes se deviam reunir, quando telefonou, a partir de um hotel, para um jornalista de forma a informá-lo que estava a ser seguido por um grupo de “homens bem constituídos”, de aparência semelhante aos que haviam estado envolvidos na violenta repressão, ocorrida meses antes, nas manifestações em Luanda.
Alves Kamulingue disse ainda que temia pela sua vida. Entretanto, o telefonema foi desligado e desde então nunca mais foi visto ou deu notícias.
Dois dias depois, Isaías Sebastião Cassule foi raptado por quatro homens em Cazenga, Luanda e nunca mais visto ou deu noticias.
“Nós estamos preocupados porque deste então eles não têm estado emcontacto com a família, ninguém sabe onde eles estão e as condições em que estão. Está ser um pouco difícil acompanhar esse caso por falta de informação” afirmou Marise.
Para além da manifestação de 27 de maio, Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule estiveram envolvidos nalgumas manifestações antigovernamentais que ocorreram em Luanda desde Março de 2011. Estas foram inicialmente organizadas por estudantes. As manifestações foram reprimidas, por vezes violentamente, pela polícia e mais recentemente por grupos de civis, fisicamente “bem constituídos” (que de acordo com o que os manifestantes crêem são membros da polícia de segurança interna), que agem impunemente e com a conivência da polícia.
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