quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cabo Verde: ESTABILIDADE GRAÇAS À CONSTITUIÇÃO DE 1992 , DESEMPREGO SOBE

 


Constituição de 1992 tem permitido estabilidade política e social -- PR
 
26 de Setembro de 2012, 15:37
 
Cidade da Praia, 26 set (Lusa) - O respeito pela Constituição de Cabo Verde tem permitido, 20 anos depois, a estabilidade política e social no arquipélago, afirmou hoje o chefe de Estado cabo-verdiano.
 
Numa mensagem por ocasião do 20.º aniversário da entrada em vigor da Constituição, divulgada hoje pela Presidência de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca salientou, porém, que há ainda necessidade de percorrer um "longo caminho" para que a Carta Magna possa ser "concretizada na sua plenitude".
 
Intitulada "1992-2012: 20 Anos da Constituição, 20 Anos de Liberdade", a mensagem de Jorge Carlos Fonseca realça que, nas últimas duas décadas, a vida em Cabo Verde e na diáspora "tem sido balizada" pela Carta Magna de 25 de setembro de 1992, revista em 1998 e 2010.
 
"O modo como o poder é organizado no nosso país, as liberdades e garantias individuais, os direitos sociais, económicos e culturais encontram tradução clara na Constituição, cujo respeito tem sido um dos importantes fatores de estabilidade política e social", afirmou o atual presidente cabo-verdiano, um dos coautores da Constituição.
 
"Quando celebramos os 20 anos da Constituição, devemos ter consciência de que temos ainda um importante caminho a percorrer, para que possa ser realizada na sua plenitude", acrescentou o chefe de Estado cabo-verdiano, que se encontra em Nova Iorque a participar na 67.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde discursa quinta-feira.
 
Lembrando que, em colaboração com várias instituições nacionais e internacionais, está a ser promovido um programa de divulgação e debate da Carta Magna, "com vista a reforçar a cultura da Constituição", Jorge Carlos Fonseca salientou que o aprofundamento da Carta Magna constitui uma "via decisiva" para vencer os desafios do desenvolvimento.
 
A Constituição de 1992 marcou definitivamente o fim do regime monopartidário do PAICV em que Cabo Verde viveu durante 16 anos (1975/91), e foi concretizada um ano depois da chegada do MpD ao poder, na sequência da abertura política de 1990 e das legislativas e presidenciais do ano seguinte.
 
JSD.
 
Aumento da taxa de desemprego não surpreende centrais sindicais
 
26 de Setembro de 2012, 17:03
 
Cidade da Praia, 26 set (Lusa) - As duas centrais sindicais cabo-verdianas consideraram hoje que a taxa de desemprego de 12,2 por cento registada em 2011 em Cabo Verde "não surpreende" e reiteraram a necessidade de novas políticas para inverter a situação.
 
Os dados foram divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, que indicaram um aumento de 2 por cento em relação a 2010, com o Governo a responsabilizar a crise económica e financeira internacional para a subida do desemprego.
 
O presidente da Confederação Cabo-Verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, afirmou que a taxa é o "reflexo da má política económica do Governo" e criticou o Governo de José Maria Neves pela falsidade nos sucessivos anúncios de criação de milhares de novos postos de trabalho.
 
"Todos os dias, os sindicatos denunciam o encerramento das empresas em Cabo Verde, mas o Governo defende que taxa do desemprego está a diminuir", criticou o dirigente sindical, citado pela agência noticiosa cabo-verdiana Inforpress.
 
Segundo José Manuel Vaz, a política seguida até este momento pelo Governo leva Cabo Verde para uma "situação drástica e preocupante".
 
O secretário geral da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos - Central Sindical (UNTC-CS), Júlio Ascensão Silva, disse que a taxa não o surpreendeu, tendo em conta que a organização "já tinha a perceção de que o desemprego tinha aumentado" em Cabo Verde, de acordo com a Inforpress.
 
"É uma taxa bastante elevada e entendemos que o Governo tudo deverá fazer no sentido de reduzir o desemprego", defendeu, sublinhando que a questão constitui "um dos maiores desafios" no país, sobretudo pelo desemprego jovem (27 por cento).
 
Quanto a flexibilização da lei laboral cabo-verdiana para a diminuição do desemprego, proposta pelo Governo, Júlio Ascensão Silva defendeu que a atual legislação "já é flexível" e "mais de 56 por cento dos trabalhadores cabo-verdianos não têm contrato de trabalho", segundo os dados da UNTC-CS.
 
"Temos trabalhadores sem contrato de trabalho, outros com contratos a prazo. Não há flexibilidade maior do que isso. Não acreditamos que seja pela via da flexibilização laboral que se vá reduzir o desemprego no nosso país", precisou.
 
Como solução, Júlio Ascensão Silva aconselhou o Governo realizar investimentos públicos, que visem a criação de novos postos de trabalho.
 
JSD.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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