Carlos Tadeu
O protesto dos
espanhóis em Madrid era de índole pacífica. Os manifestantes, tirando um ou
outro caso pontual, exerceram a cidadania democrática. A violência raivosa e
indiscriminada foi gerada, usada e abusada pela polícia. O balanço é de 64
feridos e de 35 detidos.
O crime de abuso de
poder, de autoridade democrática, de violação da legitimidade, foi exercido
pela polícia. Polícia que está sendo elogiada pelos do governo de Rajoy. Uns
criminosos juntam-se a outros e enaltecem as violações que todos vimos em
direto através das câmaras de televisões e de jornais. A selvajaria mandatada
pelo governo espanhol ficará uma vez mais impune, digna de discípulos do
ditador e enorme assassino Franco. Foram enviadas matilhas de cães raivosos que
atacaram os espanhóis em Madrid quando exerciam o seu direito constitucional de
se manifestarem contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo pró-fascista
chefiado por Rajoy.
Em Espanha, como em
Portugal, como em Itália e na Grécia, traidores dos povos desses países exercem
os poderes antidemocráticos ordenados pela ditadura dos mercados em desprezo
total pelos interesses dos países e dos povos. Com toda a legitimidade os povos
manifestam-se, protestam civilizadamente, democraticamente, o que não impede os
governos ao serviço de interesses estrangeiros e do capital de soltar as suas
guardas pretorianas, as suas matilhas de cães raivosos, drogados, alcoolizados,
para praticarem todo o tipo de selvajarias contra os povos. Foi aquilo que
aconteceu em Madrid, que já aconteceu em Portugal (salvo nas últimas manifestações),
em Itália, na Grécia, etc. A polícia, os polícias, servem estupidamente os propósitos
dos seus adversários e dilaceram as carnes dos seus iguais, o povo. Não admira
por isso que os donos daquelas matilhas raivosas os elogiem, lhes digam “muito
bem, cães bonitos”, como o fazemos nós ao nosso obediente cão depois de ele cumprir
aquilo que lhe ordenamos. E sentem-se eles homens?
O rei, o
exibicionista cobarde que posa em imagens para a posterioridade a massacrar
elefantes e outros animais da fauna africana, aprova igualmente o comportamento
selvagem dos perros (cães) ao serviço do poder que trai e subjuga os espanhóis.
E sente-se ele homem? E sente-se ele rei? Bem faz a Catalunha em querer
libertar-se do jugo de tais feras e exigir a independência de Castela.
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