SIC Notícias
Luís Mira Amaral
considerou hoje que Portugal "tem que trazer para o Governo pessoas com
experiência política", pagando-lhes a "média declarada no IRS nos
últimos três anos".
O ex-ministro da
Indústria de Cavaco Silva, numa alocução muito crítica na conferência
"Portugal em exame, ideias para um pacto de crescimento", organizada
pelo grupo Impresa, apelou ainda ao Governo que "cumpra o programa do
PSD" em que disse ter votado "e não está a ser cumprido". "É
o que tenho a dizer a este Governo", afirmou.
Mira Amaral
criticou ainda vivamente a estratégia do aumento dos impostos, o que, na sua
opinião, justifica uma segunda medida que defendeu no mesmo evento: o corte da
despesa pública primária em 50 por cento no período de oito anos, ou seja, em
duas legislaturas.
"Quanto mais
os impostos aumentam mais a economia vai abaixo", acrescentou.
Por outro lado,
sabendo que uma decisão destas teria que enfrentar uma forte contestação, o
ex-ministro da Indústria acrescentou que "há sempre uns tipos que vão
refilar por cortarmos 20 por cento". "Ora, se vão refilar, deve
cortar-se 100 por cento!", concluiu.
Sobre a remodelação
do Governo, Mira Amaral defendeu a necessidade do Executivo integrar gente
"de cabelo branco", com "experiência política", e não um
"conjunto de académicos" inexperiente.
"É um erro
pensar que o problema das Finanças é resolvido apenas por homens que conhecem
os modelos teóricos macroeconómicos", afirmou o atual presidente do Banco
BIC, numa alusão ao desempenho do atual ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
Já em relação à
segunda ideia, a do corte da despesa, o raciocínio de Miral Amaral parece
simples: "Se não consigo evitar a recessão, prefiro apostar num corte dramático
na despesa do que no aumento dos impostos", afirmou, defendendo, neste
contexto, a "reformulação do papel do Estado, sobretudo na saúde e na
educação", sem lhe retirar, ainda assim, o seu cunho europeu.
"Eu sou
europeu", sublinhou. "Mas a minha filha frequentou o Instituto
Superior Técnico e eu pagava 900 euros de propinas. Eu podia pagar mais",
ilustrou.
1 comentário:
Um bocadinho de humildade não ficaria mal a este figurão.
Parece que se está a candidatar a ministro, desde que lhe paguem um balúrdio.
Arrogante (há sempre uns tipos...), babando-se todo, diz que cortava 50 por cento na despesa pública, para logo a seguir falar em 100 por cento. Também deve defender uma suspensão da democracia para pôr a casa em ordem, como a Manuela...
Por fim, diz que podia pagar mais propinas. Claro que podia! Mas se lhos exigissem punha-se a berrar!
Esta gente fala, fala, mas eu não os vejo a fazer nada...
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