Terra vai continuar
na posse do Estado
26 de Setembro de
2012, 07:20
Pemba, Moçambique,
26 set (Lusa) - A terra em Moçambique vai continuar na posse do Estado, segundo
a proposta de programa da Frelimo, que está a ser debatida no X congresso do
partido no poder, que decorre em Pemba, norte do país.
"A terra não
pode ser vendida ou, por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou
penhorada", refere a proposta de programa que considera aquele bem
"uma fonte de riqueza para os moçambicanos.
Após a independência,
em 1975, a terra foi nacionalizada e assim se mantém desde então, apesar de
alguma tímidas tentativas para inverter a situação.
Ex-Presidente
Chissano apela à unidade para resolução dos problemas
26 de Setembro de
2012, 11:46
Pemba, Moçambique,
26 set (Lusa) - O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano defendeu hoje
a unidade do partido, para a resolução dos problemas do país, durante uma
aguardada intervenção no X Congresso da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).
Muito aplaudido
pelos delegados, e dispondo de um tempo de intervenção acima dos três minutos
que o presidente do partido, Armando Guebuza, raramente tem concedido a outros
oradores, Joaquim Chissano defendeu que a Frelimo, "unida, contando com as
próprias forças", é o exemplo de como se podem resolver problemas.
"Ninguém de
fora vai resolver os nossos problemas, nós próprios é o que o devemos fazer, e
tomemos este congresso como um exemplo", disse o presidente honorário da
Frelimo.
O antigo chefe de
Estado moçambicano apelou ainda à valorização das línguas nacionais em
Moçambique, país de língua oficial portuguesa.
"Aqui, no
congresso, cantámos, cada um na sua língua nacional, na sua língua local, mas
muitos de nós não sabem o que eles estão a dizer nas canções", começou por
dizer.
"Devíamos
começar a valorizar as línguas nacionais aqui no seio do nosso partido. Não
quer dizer que não vamos falar em português, mas devemos valorizar essas
línguas porque são um conteúdo da nossa cultura", disse.
Joaquim Chissano
evitou qualquer referência a eventuais divergências que mantém com a atual
direção da Frelimo, presidida por Armando Emílio Guebuza, nem sobre pontos
controversos de alteração de estatutos, em discussão no X Congresso.
A sua intervenção
encerrou o período de debate, entrando o congresso na fase das votações. Hoje,
será eleito o presidente da Frelimo, cargo a que apenas concorre o atual
detentor, Armando Guebuza, e na quinta-feira serão eleitos os membros do comité
central.
LAS.
Grupo suíço ABB vai
reparar avaria que condiciona exportação de energia da HCB
26 de Setembro de
2012, 11:52
Maputo, 26 set
(Lusa) - O grupo suíço ABB vai reparar a avaria da bobine de alisamento, de 150
toneladas, que regula o transporte de energia produzida na central elétrica da
Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), no centro de Moçambique, paralisada desde
junho.
A empresa helvética
obteve um contrato de 39 milhões de euros para concertar o estrago, que há
quatro meses levou a HCB a operar a 70 por cento da sua capacidade.
A avaria,
considerada de grande dimensão, ocorreu na subestação do Songo, na província de
Tete, no centro de Moçambique, e deveria ser solucionada num máximo de 30 dias.
O dano na rede de
distribuição de energia elétrica está a afetar exportações de energia para os
países vizinhos, mas a direção da empresa HCB solicitou um empréstimo de um
equipamento com caraterísticas similares às autoridades sul-africanas.
Em comunicado, a
empresa suíça ABB, fornecedora de tecnologia de energia e automação industrial,
refere que a renovação da estação vai garantir a fiabilidade do sistema, o que
permitirá que a HCB respeite o acordo de fornecimento de energia rubricado com
a Eskom, empresa pública sul-africana.
A HCB exporta
energia para a África do Sul, Zimbabué, Malaui, Botsuana e Zâmbia, países
localizados na região austral do continente africano.
Recentemente, o
administrador para a Área Técnica da HCB, Gildo Sibumbe, afirmou que o
equipamento avariado é "muito pesado", pelo que "o seu transporte
deve ser muito lento".
"Por isso,
estamos já a negociar com a Administração Nacional de Estradas (de Moçambique)
para encontrarmos uma saída de forma a evitar a destruição de rodovias, com
particular atenção para as pontes, que poderão desabar devido ao peso da
bobine, que é de cerca de 150 toneladas", disse.
Anteriormente, o
presidente da HCB, Paulo Muxanga, disse à Lusa que a hidroelétrica está no
limite da sua capacidade de produção, pois cada um dos seus cinco geradores
produz 415 megawatts e já não pode produzir mais que os 2.075 megawatts que
gera atualmente.
MMT.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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