Os portugueses só
podem considerar altamente ofensiva a frase de Miguel Macedo, ministro do
governo moribundo, quando afirma que Portugal é “um país com muitas cigarras e poucas formigas” e se está a referir às famílias e trabalhadores portugueses
que têm vindo a contestar as políticas do governo que estão a miserabilizar o
país ainda mais do que quando tomaram posse há cerca de 15 meses. Não é por
acaso que Macedo faz parte de um Bando de Vaiados, incluindo o PR Cavaco Silva.
Sendo verdade que
na fábula de La Fontaine que ele visou - “A Cigarra e a Formiga” - os que trabalham têm
verdadeiras possibilidades de aprovisionar alimentos e melhores condições de
vida, não pode Macedo esquecer-se que é exatamente o governo de que faz parte o
principal responsável pelo aumento de desempregados, pelo aumento da miséria,
pela queda da produtividade. Sendo ele e os seus congéneres do governo
moribundo de Passos responsáveis pelo descalabro a que vêm conduzindo o país
obviamente que terão sempre descontentes a vaiá-los nas deslocações que fizerem
perto do povo. Será útil para Macedo que compreenda isso de uma vez e que se
demitam – já que não capazes de corrigir as políticas erradas que têm vindo a
implementar.
Portugal tem
formigas suficientes para produzir riqueza bastante se acaso não se verificar
uma percentagem tão elevada de desemprego e se os portugueses não tiverem de
sustentar com tanto exagero (reformas e mordomias milionárias) tantos chulos,
tantos gananciosos do estilo dos deputados que se reformam com pouco mais de
uma dezena de anos de serviço, de ex-ministros e primeiros-ministros
verdadeiramente adeptos do cambalacho e da corrupção, de Presidentes da
República que pesam nos Orçamentos do Estado valores inadmissíveis, etc., etc.
A isso, vulgarmente, chama-se chulos. Esses é que são as cigarras ociosas que vivem
repimpadamente à custa das formigas. Formigas que até trabalham mesmo passando
fome para que ao menos a comida não falte aos seus filhos.
Evidentemente que o
descaramento de Miguel Macedo foi reflexo daquilo que ele pensa por via da sua
má formação de cidadão e de democrata, uma ideia desrespeitosa do povo
português. Sem justiça não há democracia e o facto é que em Portugal a justiça
pouco ou raramente existe. É assim mesmo que convém aos Macedos deste país… Até
um dia. Tudo indica que esse dia está para muito breve e que a verdadeira
democracia irá ser restaurada. Será aí que os Macedos, os Cavacos, os Passos,
os Relvas, os Borges e tantos outros, passarão ao capítulo da história triste e
negra de Portugal.
Em tudo isto Macedo
leva-nos a lembrar que o disse acontece exatamente ao contrário: Portugal tem
muitas formigas a sustentar exageradamente muitos chulos. (PG)
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