domingo, 30 de setembro de 2012

Portugal: OS PRIMEIROS 35 DIAS DO GOVERNO DE ANTÓNIO BORGES

 


Paulo Gaião – Expresso, opinião, em Blogues
 
Nem é Passos, nem Cavaco quem governa. Há 35 dias que António Borges tomou conta do país.
 
Em 23 de Agosto, lançou a ideia da concessão da RTP a privados. Não se falou de outra coisa nos quinze dias seguintes.
 
Em 7 de Setembro, Passos fez de ventríloquo de Borges e anunciou o aumento da TSU para os trabalhadores e a diminuição para as empresas. Na verdade, foi um "mix" feito à medida do ex- homem da Goldman Sachs e ex- FMI. Reduzia-se o salário dos trabalhadores e tornavam-se as empresas mais competitivas através da redução do custo do trabalho, tal como Borges sempre defendeu. Não se falou de outra coisa até a medida dar origem às maiores manifestações de sempre desde o 1º de Maio de 1974 e da Fonte Luminosa e a medida cair (para não cair o governo).
 
Em 21 de Setembro, António José Seguro desafiou Passos Coelho a dizer se ia privatizar a Caixa Geral de Depósitos. Passos não conseguiu dizer que não ia privatizar.
 
António Borges foi pioneiro na defesa da privatização do banco do Estado há cinco anos, causando então forte polémica. Na altura estava praticamente isolado. Hoje há cada vez mais vozes que defendem a privatização da CGD. Não se falou de outra coisa na última semana.
 
O perigo de a CGD ser privatizada levou Seguro a ter o desempenho mais encarniçado desde que chegou à liderança, avisando Passos, olhos nos olhos, que se trata de uma luta de vida ou de morte.
 
Muitos defendem mesmo que se referende a questão, como se fez com a regionalização e o aborto.
 
Que próxima medida tem Borges na calha?
 
Será que vamos chegar aos cem dias do seu governo?
 
PS
 
Os benfiquistas acordaram
 
O Acordai de Fernando Lopes Graça na manifestação de 15 de Setembro deve ter influenciado os benfiquistas a acordarem também e chumbarem o relatório e contas do clube na Assembleia Geral da noite de ontem. Chega de jogadas de Luís Filipe Vieira contra o FC Porto e Sporting para disfarçar a má gestão interna e a falta de resultados desportivos. Chega do Disney Benfica com as cabeçadas de Luisão e a equipa inteira, técnicos e dirigentes deitados no chão a rir. Agora é preciso que surja um candidato forte capaz de derrotar Vieira nas eleições de 27 de Outubro.
 
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