quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PORTUGAL PRECISA DA DEMISSÃO DO GOVERNO E DE CAVACO SILVA

 


Freitas do Amaral diz que o desgoverno de Passos-Portas-Cavaco “tem de dar um passo atrás para não perder a legitimidade política”, em artigo de Rita Tavares, inserto no jornal i. Moderado, um homem às direitas e de direita, mas com uma noção de democracia das mais corretas para os maus tempos em que sobrevivemos a toda esta fantochada global dita democrática, Freitas evita afirmar que a legitimidade do desgoverno de Passos-Portas-Cavaco já há muito perdeu a legitimidade. Até as sondagens deixam perceber isso mesmo.
 
Não é só a perda de legitimidade do governo que está em causa mas sim o próprio PR Cavaco Silva, pelo menos a partir do momento em que desrespeitou a Constituição e aprovou o OE em vigor. Para não fazer alarde da vasta minoria que o elegeu para Belém neste segundo e malfadado mandato. Outro fosse o PR e Portugal estaria a enveredar por efetiva equidade. A tal de que Cavaco fala mas contraria e a que fecha os olhos e assina de cruz. A favor da desigualdade social crescente, do desemprego, da miséria e da fome dos portugueses. Afirmação sustentada no título PORTUGAL É UM DOS TRÊS PAÍSES EUROPEUS COM MAIS DESIGUALDADES SOCIAIS que publicamos.
 
Cavaco, como Portas, pretende passar incólume pelos intervalos da chuva de péssimas decisões governamentais que aprovou sem medir os interesses dos portugueses e do país. Cavaco não pode beneficiar desse estatuto incólume por também ter imensas responsabilidades em não exercer o seu cargo como era exigível. Primeiro os portugueses e o país e não alguns portugueses (os mais ricos e da estirpe a que se guindou graças a abraçar a política) e o país que “se lixe”. Há que pedir-lhe contas, mas mais a Passos Coelho e a Paulo Portas.
 
É previsível que por estes dias Cavaco faça alguma comunicação ao país. Decerto surgirá com “paninhos quentes”, naquela sua habitual conversa de nem sim nem não mas antes pelo contrário. Uma vez mais surgirá com ludíbrios, que é o que sabe fazer melhor. Diz uma coisa mas depois promulga outra. Assim fez antes e garantias de que agora não o repita não temos. A solução é demitir o governo de Passos, o seu governo, convocar eleições parlamentares… e depois demitir-se, para que se “elejam dois coelhos de uma cajadada” (outros e competentes) e assim se poupem uns largos milhões de euros em eleições. Um reparo severo para o Partido Socialista, que tem imensas responsabilidades na atual situação e quer passar também pelos intervalos da chuva ou da responsabilização. Estamos fartos de políticos destes, parasitas apátridas que só olham para interesses das suas súcias, insensíveis às dificuldades de um país de nobre povo de uma nação valente que um dia se vai fartar e revoltar-se se tudo continuar no tal ludibrio. Portugal precisa de uma outra receita: a demissão do governo e de Cavaco Silva. Novos políticos, novas políticas. Decência. Democracia. Desenvolvimento. Os três D’s prementes da atualidade. (PG)
 
Freitas do Amaral ao i: "Governo tem de dar um passo atrás para não perder legitimidade política"
 
Rita Tavares - i online
 
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros é duro na análise às novidades dos últimos dias. “As grandes opções de política económico-financeira anunciadas pelo governo estão erradas”, diz Freitas do Amaral, que aconselha o governo a “dar um passo atrás” quando apresentar o Orçamento do Estado para 2013.
 
Em declarações ao i, Freitas diz estar preocupado com a lógica seguida pelo governo na elaboração da proposta que entregará em Outubro no parlamento, sobretudo no que diz respeito ao CDS que “dá ideia que não foi ouvido”, refere o fundador do partido. “O governo deve dar o passo atrás. Tem de ouvir o Presidente da República, o PS, os partidos políticos (e já agora o CDS), as confederações sindicais e patronais”, acrescenta o ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, sem deixar de atacar a submissão às directivas que têm vindo de fora: “Tem de lutar contra a troika (de funcionários) com os seus patrões: BCE, FMI e Comissão Europeia.”
 
Quanto às “opções” anunciadas pelo primeiro-ministro e o ministro das Finanças, Freitas não hesita em classificá-las de “erradas” e avisa que se forem aprovadas no parlamento, “por uma maioria obediente e insensível, este governo perderá toda a legitimidade política para nos tirar da crise, porque estará a afundar-nos nela”. Hoje mesmo o PS – que há um ano se absteve – assumirá a sua ruptura com o governo numa audiência com o Presidente da República. Por isso desta vez Passos Coelho só contará mesmo com a maioria PSD/CDS na votação do Orçamento do Estado para o próximo ano. Mas mesmo a coligação está longe de viver dias serenos (ver texto principal).
 
“Inaceitável” Quanto às medidas em si, o ex-ministro de José Sócrates indigna-se sobretudo por aparecerem em contracorrente. “Quando a troika nos dá mais um ano, e é particularmente suave para 2013, precisamos de agravar a austeridade?” Em concreto, sobre o aumento em sete pontos percentuais da contribuição dos trabalhadores para a segurança social, Freitas considera-a “inaceitável”, “mais do dobro do que seria aceitável”. “Aliás, a solução encontrada pelo governo vai pôr os trabalhadores a financiar as empresas onde trabalham. Ora, eles não são bancos”, diz mesmo.
 
O arraso às medidas já anunciadas pelo governo prossegue quando se fala na reforma do Estado. O ex-ministro suspeita que o governo esteja a “atirá-la para 2014” porque “nada está preparado para este ano”. Neste ponto, Freitas do Amaral acompanha as vozes de esquerda que têm pedido um corte mais visível na despesa, sobretudo a despesa corrente primária, onde “há tanto para cortar”, garante.
 
E se a expectativa do governo é que em 2013 o pior já tenha passado (foi o que Pedro Passos Coelho previu na rentrée do PSD no Pontal), perante as medidas agora apresentadas Freitas do Amaral tem outra versão. Caso o governo não volte atrás, o país “entrará numa espiral recessiva e em 2013 estará pior”. Rita Tavares
 
*Título e opinião PG
 

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