Tiago Mesquita –
Expresso, opinião, em Blogues
O primeiro-ministro
deste país é hoje uma espécie de cangalheiro encartado. Na parte traseira da Transit
funerária que conduz carrega um executivo defunto, completamente estraçalhado.
O que foi um governo é agora pouco mais do que um amontoado de ministros
'cremados' e corpos ministeriais em elevado estado de decomposição política.
Carcaças. Uma desgraça.
O pendura, Paulo
Portas, atirou-se, como sempre faz, borda fora com o frasco do pó de arroz na
mão mal se apercebeu que o cemitério democrático estava ali, a pouco mais de
uma rotunda de distância. Já o ministro Relvas - o TOM -TOM disto tudo - não
passa agora de um GPS atarantado com destino único traçado: cova funda.
Continua, curiosamente, a sorrir. Parece não ter percebido que tem uma coroa de
flores a dizer "eterna saudade de ser ministro" colocada à volta do
pescoço.
O incrível disto
tudo é que o condutor, apesar de isolado e fragilizado, continua a dirigir tudo
isto como uma espécie de Nelson Piquet do sadismo. Fez marcha-atrás na TSU, não
por achar a medida injusta e cega mas porque não colando, e apertado que
estava, tem agora hipótese de novo atropelo com mais impostos. Passos Coelho
recuou para nos poder atropelar melhor. O ataque cerrado aos portugueses
continua, um esmagamento social nunca visto na história da centenária república
portuguesa. Uma vergonha. Um ultraje.
A insensibilidade
deste governo, a começar no comportamento da figura sinistra do ministro das
finanças, é não só assustadora como provocadora. E este género de provocações,
que tocam no âmago do funcionamento da sociedade, que alteram drasticamente e
sem contemplações a vida das pessoas, que ferem a justiça social, que levam ao
desespero de milhões, são estas medidas levam sempre a uma reação impiedosa,
inesperada e drástica da população.
A meu ver, resta-nos
enterrar este governo o mais depressa possível, antes que o desgoverno nos
enterre a todos.
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