domingo, 30 de setembro de 2012

TIMOR-LESTE QUER SAIR DA AGENDA DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

 

PDF - Lusa
 
Nações Unidas, Nova Iorque, 30 set (Lusa) - Timor-Leste quer sair o mais rápido possível da agenda do Conselho de Segurança, que dá uma imagem de instabilidade ao país, afirmou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.
 
"Não queremos mais que Timor-leste seja inscrito na agenda do Conselho de Segurança, esse é ponto base da nossa posição", disse o ministro José Luís Guterres, na conclusão da participação timorense no debate anual da Assembleia Geral da ONU.
 
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse este mês que o país pretende ter uma relação inovadora com as Nações Unidas após o fim do mandato da Missão Integrada da ONU (UNMIT) no país, previsto para 31 de dezembro, excluindo a presença de qualquer tipo de missão daquela organização no país, depois dessa data.
 
Na sua intervenção na Assembleia Geral, terça-feira, exprimiu a "gratidão" do povo de Timor-Leste pelo apoio da comunidade internacional à construção do Estado timorense, sublinhando que o país está agora "pronto para liderar" o seu próprio desenvolvimento.
 
Perante as provas de "maturidade" do povo timorense, depositando "confiança nos líderes eleitos e instituições estatais", "mais do que nunca" o país está "pronto para liderar" o processo de desenvolvimento, disse Xanana.
 
Guterres sublinha que a presença das agências da ONU manter-se-á e "será sempre bem-vinda", mas a inscrição do país na agenda do Conselho de Segurança "dá uma imagem de um Timor-Leste sempre em conflito, de que não e estável, o que não é verdade".
 
"A realidade desde há algum tempo é que há estabilidade completa. Fizemos reformas no setor de segurança e defesa, fizemos investimentos no capital humano e muitos investimentos na área social, de maneira que hoje há paz em Timor-Leste", disse à Lusa.
 
"Queremos focar-nos no desenvolvimento construção de infraestruturas e atração de investimento estrangeiro. E não se pode atrair investimento estrangeiro quando a imagem do país no mundo continua a ser de pais instável ou em perigo de instabilidade", adiantou.
 
As formas de envolvimento futuras da ONU no país competirá ao secretário geral Ban Ki-moon decidir, refere o ministro timorense.
 
Durante a participação no debate da Assembleia-geral, Xanana manteve encontros bilaterais com a Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que em agosto realizou uma visita a Timor-Leste.
 
José Luís Guterres participou numa reunião ministerial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para discutir a situação na Guiné-Bissau e preparar a liderança de Timor-Leste da organização, prevista para 2014.
 

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro José Luis Guterres,

A estabilidade chegou a Timor. Timor ainda precisa de investimento estrangeiro, mas os Timorenses têm que deixar de descriminar os Malaes.
Em qq mercado se ouve, Malae Osan Barak, vamos vender bananas a 2 usd em vez de 1 usd. As laranjas e maçãs importadas são mais baratas que as bananas e papaias nos mercados.
Assim o investimento estrangeiro que vem é só para levar o dinheiro para fora de Timor, não há investimento produtivo.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

“Em qq mercado se ouve, Malae Osan Barak, vamos vender bananas a 2 usd em vez de 1 usd. As laranjas e maçãs importadas são mais baratas que as bananas e papaias nos mercados.”

Talvez os timorenses acharam que as bananas vendidas pore les são bananas orgânicas ao passo que as importadas não são e daí a discrepância. E para mais, apesar de os malaes saberem desta continuam lá ir comprar porque também acham que a melhor forma de ajudar a economia timorense é ir lá e comprá-los do que importadas.

Tio Lucrécio

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