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Nações Unidas, Nova
Iorque, 26 set (Lusa) - O primeiro ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão,
afirmou hoje que o país vai falhar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio
(ODM), mas que, até 2030, planeia chegar ao patamar das nações de rendimento
médio-elevado.
"O grande
desafio atual é combate a pobreza, que partilhamos com 1.000 milhões de pessoas
no nosso planeta", disse o chefe de governo timorense, último líder
mundial a falar no primeiro dia do debate anual da Assembleia Geral da ONU,
próximo das 22:00 locais (03:00 de Lisboa) e perante uma sala já praticamente
vazia.
Assim, até 2015 o
país não vai cumprir os objetivos de desenvolvimento do milénio, adiantou, mas
tem "visão, objetivo e um plano" para transformar Timor-Leste num
país de rendimento médio-elevado até 2030.
Este passa pelo
investimento em capital social e humano, melhorando a qualidade e acesso à
Saúde, Educação, formação profissional, Justiça, entre outras áreas.
Xanana lidera uma
delegação que inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres,
e a ministra das Finanças, Emília Pires.
Referiu-se à
inclusão desta ministra no painel de peritos da ONU que está a preparar a
transição dos ODM para os novos objetivos de desenvolvimento sustentável como
um motivo de "orgulho nacional" e uma oportunidade de contribuir de
"maneira clara e construtiva" para este debate.
"Temos um
oportunidade histórica para tentar mudar as coisas. Podemos aprender com lições
dos ODM analisando o que funcionou e o que não funcionou", disse.
Xanana levou hoje
ao debate anual da Assembleia Geral a gratidão do povo de Timor-Leste pelo
apoio da comunidade internacional à construção do Estado timorense, processo
que agora está "pronto para liderar".
Durante a
participação no debate da Assembleia Geral, vai ter encontros bilaterais com a
Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e com o secretário-geral da ONU,
Ban Ki-Moon, que em agosto realizou uma visita a Timor-Leste.
Na manhã de quarta
feira organiza uma reunião do grupo dos países mais frágeis do mundo, o G7+.
1 comentário:
Senhor Primeiro-Ministro,
Muitas pessoas e timorenses pensam de que para combater a pobreza deve-se combater primeiro a corrupção ou lado a lado. A probreza não se aliviará se a outra não for combatida a ferro e fogo.
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