quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Timor-Leste vai falhar Objetivos do Milénio, mas planeia ser país de rendimento alto até 2030

 

PDF - Lusa
 
Nações Unidas, Nova Iorque, 26 set (Lusa) - O primeiro ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou hoje que o país vai falhar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), mas que, até 2030, planeia chegar ao patamar das nações de rendimento médio-elevado.
 
"O grande desafio atual é combate a pobreza, que partilhamos com 1.000 milhões de pessoas no nosso planeta", disse o chefe de governo timorense, último líder mundial a falar no primeiro dia do debate anual da Assembleia Geral da ONU, próximo das 22:00 locais (03:00 de Lisboa) e perante uma sala já praticamente vazia.
 
Assim, até 2015 o país não vai cumprir os objetivos de desenvolvimento do milénio, adiantou, mas tem "visão, objetivo e um plano" para transformar Timor-Leste num país de rendimento médio-elevado até 2030.
 
Este passa pelo investimento em capital social e humano, melhorando a qualidade e acesso à Saúde, Educação, formação profissional, Justiça, entre outras áreas.
 
Xanana lidera uma delegação que inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, e a ministra das Finanças, Emília Pires.
 
Referiu-se à inclusão desta ministra no painel de peritos da ONU que está a preparar a transição dos ODM para os novos objetivos de desenvolvimento sustentável como um motivo de "orgulho nacional" e uma oportunidade de contribuir de "maneira clara e construtiva" para este debate.
 
"Temos um oportunidade histórica para tentar mudar as coisas. Podemos aprender com lições dos ODM analisando o que funcionou e o que não funcionou", disse.
 
Xanana levou hoje ao debate anual da Assembleia Geral a gratidão do povo de Timor-Leste pelo apoio da comunidade internacional à construção do Estado timorense, processo que agora está "pronto para liderar".
 
Durante a participação no debate da Assembleia Geral, vai ter encontros bilaterais com a Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que em agosto realizou uma visita a Timor-Leste.
 
Na manhã de quarta feira organiza uma reunião do grupo dos países mais frágeis do mundo, o G7+.
 

1 comentário:

Anónimo disse...

Senhor Primeiro-Ministro,
Muitas pessoas e timorenses pensam de que para combater a pobreza deve-se combater primeiro a corrupção ou lado a lado. A probreza não se aliviará se a outra não for combatida a ferro e fogo.

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