domingo, 21 de outubro de 2012

Angola: AS RELAÇÕES COM OS ESTADOS UNIDOS

 


José Ribeiro – Jornal de Angola, opinião, em A Palavra ao Diretor

As relações entre países são assuntos muito sérios e não admitem deslealdades ou especulações. Está tanta coisa em jogo que não há espaço para a irresponsabilidade. Angola neste aspecto é um país exemplar.

Mesmo nos piores momentos da existência de Angola como país independente, os responsáveis políticos angolanos tiveram sempre uma postura de Estado. Nunca fecharam portas ao diálogo nem a ninguém, nem sequer aos que fomentavam a subversão, pondo em causa a soberania nacional e a integridade territorial angolana. Esta postura madura, responsável e patriótica deu os frutos que hoje todos vêem, antigos adversários ou não.

Os que apostaram em dividir Angola como um Estado Independente sentaram-se à mesa de negociações com os legítimos representantes do Povo Angolano. Os que outrora tudo faziam para apresentar Angola e os seus responsáveis políticos como párias da comunidade internacional, hoje procuram junto do Presidente José Eduardo dos Santos apoio para o diálogo e a paz em África. Os que apostaram no estrangulamento da economia angolana e em conseguir a rendição do Povo Angolano pela pobreza e a fome, hoje fazem tudo para que Angola seja parceira em negócios públicos e privados. Angola mostra aos seus parceiros de cooperação internacional que só têm a ganhar com a estabilidade.

As eleições nos Estados Unidos, em França, na Alemanha ou em qualquer país africano, nada têm a ver com as relações entre os Estados. Seja qual for o vencedor das eleições nos Estados Unidos, a amizade antiga entre Angola e EUA permite que continuem a procurar ser bons parceiros. Mas cá e lá existem grupos organizados que querem pôr em causa as relações de cooperação e amizade que existem, desde que os dirigentes políticos angolanos demonstraram a Washington que eram os verdadeiros garantes da liberdade e da democracia em Angola. Essa propaganda pode ser muito eficaz, mas o que conta é a realidade. E em Angola é fácil perceber quem está do lado da democracia e quem tudo faz para aniquilar o regime democrático. O Povo Angolano sabe e manifestou a sua sabedoria, de uma forma que não deixa qualquer dúvida.

As eleições nos EUA nada vão alterar na já velha relação com Angola. Esta realidade foi demonstrada uma vez mais pelo metodista americano que treinou José Eduardo dos Santos como jovem basquetebolista. Ela é demasiado importante para estar dependente de calendários eleitorais. No dia seguinte às eleições, o mais alto magistrado da Nação Angolana, vai seguramente felicitar o seu homólogo americano eleito. É essa a regra da amizade e cortesia.

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