Arão Martins, Lubango – Jornal de Angola
O fornecimento de
energia eléctrica à cidade do Lubango vai melhorar a partir de Dezembro, quando
duas novas centrais térmicas entrarem em funcionamento. Com uma capacidade de
40 megawatts cada uma, estão a ser instaladas na comuna da Arimba e no bairro Ferroviário,
nos arredores da capital da Huíla. Para verificar o andamento dos trabalhos, o
governador provincial João Marcelo Tyipinge visitou o local onde eles decorrem
e no final mostrou-se satisfeito.
As pessoas que acompanharam de perto a visita do governador também gostaram do que viram.
“É bom terem acelerado os trabalhos, porque vamos passar a ter luz 24 horas ao dia”, disse Manuel Nguenxi, morador da comuna da Arimba.
Alguns jovens corroboraram desta opinião e adiantaram que, “muitos de nós, jovens, trabalhamos e queremos poder estudar à noite. É bom que a luz venha já. Estamos a gostar do trabalho”.
O director provincial da Empresa Nacional de Electricidade na Huíla, João Pinto, referiu, no final da visita, que os trabalhos de montagem das duas centrais estão a decorrer com normalidade e garantiu que, com o evoluir dos mesmos, os primeiros ensaios da nova central térmica da Arimba vão ser feitos já em Novembro.
“Estamos a concluir a montagem das duas centrais. A termoeléctrica da comuna da Arimba já está praticamente concluída e a partir de Novembro começam os ensaios”, sublinhou.
As duas centrais, frisou, não vão entrar em funcionamento ao mesmo tempo. Quer uma, quer outra vão fornecer energia eléctrica à cidade do Lubango, com uma cobertura de 80 por cento.
Fornecimento
Actualmente, o fornecimento de energia eléctrica à cidade do Lubango é feito a partir da central térmica da Greco. Além desta, situada no bairro Ferroviário, a cidade também recebe energia eléctrica proveniente da barragem da Matala, onde apenas está em funcionamento um grupo gerador devido ao baixo caudal.
“O abastecimento de energia eléctrica à cidade do Lubango e bairros periféricos é proveniente da central da Greco e Matala, que está à volta de 35 megawatts, o que equivale a um índice de cobertura na ordem dos 70 por cento”, esclareceu João Pinto. No entanto, e apesar dos níveis, ainda são feitas restrições entre 11 a 12 megawatts na hora de maior consumo.
Cortes frequentes
Os cortes de energia eléctrica no Lubango e bairros periféricos ainda se devem à instalação de novas redes. “As redes novas já estão a entrar em funcionamento e com isso temos de desligar as antigas”, esclareceu, acrescentando que estas últimas estão muito próximo das novas, o que leva a empresa a ser forçada a fazer cortes para evitar anomalias.
João Pinto avançou ainda que, no quadro do programa de extensão da rede de distribuição de energia eléctrica à cidade do Lubango, o projecto contempla a colocação de 73 postos de transformação para toda a cidade e periferia.
Do total de 73 postos de transformação previstos, a direcção já instalou metade. Para que o fornecimento de energia eléctrica às populações seja feito em perfeitas condições, vão ser adquiridos e instalados postos de transformação aéreos.
A ENE tem, actualmente, registados 45 mil clientes na cidade do Lubango, mas prevê-se que em breve este número ultrapasse os 57 mil, através da colocação de contadores pré-pagos e convencionais. À medida que vão sendo lançadas as novas redes, vão também sendo instalados os sistemas de contagem. “Um dos nossos objectivos é que, com a entrada em funcionamento dessas novas centrais, se opte pelo sistema de fornecimento de energia eléctrica pré-pago”, referiu João Pinto.
O governador garantiu, no final da visita, ter ficado satisfeito, porque “as perspectivas são boas”. João Marcelino Tyipinge referiu que os investimentos na área de energia eléctrica estão a ser feitos com normalidade, o que vai permitir mudar o actual quadro no sector.
Salientou, ainda, ter verificado que os trabalhos de instalação da nova central eléctrica da Arimba, que vai comportar 28 grupos geradores para gerar 40 megawatts, estão a decorrer bem.
O mesmo cenário, acrescentou, foi divisado nas obras de instalação da nova central térmica, também de 40 megawats, anexa à subestação existente no Lubango, o que vai fazer com que dentro de algum tempo os níveis de fornecimento sejam mais satisfatórios.
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