Há pelo menos seis
mortos em Bissau depois de um tiroteio, esta madrugada, junto à unidade de
elite do exército. A situação na cidade está, porém, calma.
Um tiroteio durante
a madrugada junto à unidade de elite do exército fez, pelo menos, seis mortos.
Entre as vítimas
estão cinco assaltantes; a outra é um militar que estava de guarda na caserna.
Há ainda a informação não confirmada de dois detidos.
Em declarações à
TSF, um português que vive e trabalha em Bissau, Constantino Ramos, confirmou a
existência do tiroteio.
Constantino Ramos,
que é proprietário de um restaurante, assegurou ainda que a cidade está
«calma».
As chefias
militares estão, entretanto, reunidas. (fim)
PENSAU N’TCHAMA E
RESTANTES GOLPISTAS ESTÃO EM FUGA
O jornal Público
complementa mais alguma informação sobre o ocorrido na Guiné-Bissau junto ao aquartelamento
dos militares de elite em Bissau, assim como em reportagem audio a TSF
proporciona parte da descrição dos acontecimentos pelo reporter João Janes. De salientar que segundo relatos a situação é calma por toda a cidade. Do
jornal Público extraímos:
“A troca de tiros
em redor desta base, a sede da unidade de elite do Exército, próxima do
aeroporto da capital guineense, durou perto de uma hora. Segundo a AFP e
habitantes de Bissau ouvidos entretanto pela TSF, o resto da cidade está
tranquila.
A agência francesa adianta que por trás do ataque desta madrugada estará o capitão Pansau N’Tchama – um militar de guarda reconheceu-o e identificou-o como tendo disparado contra o sentinela que foi morto.
N’Tchama, membro ele próprio da unidade de elite do Exército, já esteve por trás do ataque de Março de 2009 que terminou com o assassínio do Presidente Nino Vieira e do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Waie.
O capitão N’Tchama e o resto do comando, cuja dimensão não é conhecida, estão em fuga e são procurados pelo Exército.
O último golpe de Estado na conturbada Guiné-Bissau aconteceu em Abril, entre duas voltas das eleições presidenciais. A primeira volta, a 18 de Março, tinha sido ganha por Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e até então primeiro-ministro, com 48,97%. Em segundo lugar ficou Kumba Ialá, 59 anos, ex-Presidente, à frente da principal força da oposição, o PRS (Partido da Reinserção Social).
Depois do golpe, justificado pelos autores com o objectivo de evitar que as forças angolanas no país controlassem os militares guineenses, o poder ficou nas mãos de uma junta militar e um governo interino não reconhecido pela generalidade da comunidade internacional.” (com redação PG)
Áudio TSF
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