domingo, 21 de outubro de 2012

Bissau: Tiroteio junto à unidade da elite do exército faz seis mortos, golpistas em fuga

 

 
Há pelo menos seis mortos em Bissau depois de um tiroteio, esta madrugada, junto à unidade de elite do exército. A situação na cidade está, porém, calma.
 
Um tiroteio durante a madrugada junto à unidade de elite do exército fez, pelo menos, seis mortos.
 
Entre as vítimas estão cinco assaltantes; a outra é um militar que estava de guarda na caserna. Há ainda a informação não confirmada de dois detidos.
 
Em declarações à TSF, um português que vive e trabalha em Bissau, Constantino Ramos, confirmou a existência do tiroteio.
 
Constantino Ramos, que é proprietário de um restaurante, assegurou ainda que a cidade está «calma».
 
As chefias militares estão, entretanto, reunidas. (fim)
 
PENSAU N’TCHAMA E RESTANTES GOLPISTAS ESTÃO EM FUGA
 
O jornal Público complementa mais alguma informação sobre o ocorrido na Guiné-Bissau junto ao aquartelamento dos militares de elite em Bissau, assim como em reportagem audio a TSF proporciona parte da descrição dos acontecimentos pelo reporter João Janes. De salientar que segundo relatos a situação é calma por toda a cidade. Do jornal Público extraímos:
 
“A troca de tiros em redor desta base, a sede da unidade de elite do Exército, próxima do aeroporto da capital guineense, durou perto de uma hora. Segundo a AFP e habitantes de Bissau ouvidos entretanto pela TSF, o resto da cidade está tranquila.

A agência francesa adianta que por trás do ataque desta madrugada estará o capitão Pansau N’Tchama – um militar de guarda reconheceu-o e identificou-o como tendo disparado contra o sentinela que foi morto.

N’Tchama, membro ele próprio da unidade de elite do Exército, já esteve por trás do ataque de Março de 2009 que terminou com o assassínio do Presidente Nino Vieira e do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, Batista Tagmé Na Waie.

O capitão N’Tchama e o resto do comando, cuja dimensão não é conhecida, estão em fuga e são procurados pelo Exército.

O último golpe de Estado na conturbada Guiné-Bissau aconteceu em Abril, entre duas voltas das eleições presidenciais. A primeira volta, a 18 de Março, tinha sido ganha por Carlos Gomes Júnior, presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e até então primeiro-ministro, com 48,97%. Em segundo lugar ficou Kumba Ialá, 59 anos, ex-Presidente, à frente da principal força da oposição, o PRS (Partido da Reinserção Social).

Depois do golpe, justificado pelos autores com o objectivo de evitar que as forças angolanas no país controlassem os militares guineenses, o poder ficou nas mãos de uma junta militar e um governo interino não reconhecido pela generalidade da comunidade internacional.” (com redação PG)

Áudio TSF
 

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