Agentes devem
entrar no Jacarezinho e Complexo de Manguinhos no domingo, 14
As polícias Civil e
Militar do Rio de Janeiro estão mobilizadas para ocupar dois importantes
redutos do tráfico de drogas. Os alvos devem ser o Complexo de Manguinhos e a
favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Fontes ouvidas pelo R7 confirmaram
que a ocupação vai acontecer no próximo domingo (14).
A expectativa é de
que a ocupação, que contará com apoio de militares e veículos blindados da
Marinha, seja o primeiro passo para a implantação de uma UPP (Unidade de
Polícia Pacificadora) na região. Procurada pelo R7, a Secretaria de Segurança
Pública não confirmou a informação.
A decisão de ocupar
a região já teria sido tomada pelo secretário de Segurança Pública, José
Mariano Beltrame, há três meses, quando 15 bandidos das duas comunidades
invadiram a Delegacia do Engenho Novo (25ª DP) e resgataram o traficante
DG que estava preso dentro da carceragem da unidade.
O ocupação foi
adiada, no entanto, por causa da chacina
de Mesquita, quando traficantes mataram nove pessoas durante um fim de
semana. Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), que vão ocupar
Jacarezinho e Manguinhos, foram empregados na ocupação da favela da Chatuba, em
Mesquita, até a instalação da Companhia
Destacada.
Após a ocupação dos
complexos do Alemão e da Penha, no fim de 2010, as favelas do Jacarezinho e de
Manguinhos, Mandela e Varginha, que formam o Complexo de Manguinhos, se
transformaram no principal reduto da maior facção criminosa do Rio.
Manguinhos, por
exemplo, se tornou o maior centro
distribuidor de drogas da organização criminosa. As cargas de maconha,
cocaína e crack chegam em grandes quantidades e são separadas, preparadas para
a venda e enviadas para outras favelas da mesma facção.
As duas comunidades
são dividas por avenidas importantes da zona norte, como Dom Hélder Câmara e
Democráticos. Pela circulação de traficantes armados com fuzis entra as duas
comunidades e dos frequentes tiroteios, a região ficou conhecida como “Faixa de
Gaza”. À noite, muitas pessoas evitam circular pela região.
As duas comunidades
também se transformaram em pontos de consumo
de crack no Rio, alvos constantes de operações da Secretaria Municipal de
Assistência Social.
Além da implantação
da UPP, que deve acontecer no ano que vem, a região também vai receber a Cidade
da Polícia, um conjunto de dez prédios que vai abrigar cerca de 30 delegacias
especializadas da Polícia Civil, onde vão trabalhar cerca de 3.000 agentes, até
junho de 2013.
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