quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cabo Verde: DIREITOS HUMANOS, GREVE NA RÁDIO E TELEVISÃO

 


Organizações de Direitos Humanos lusófonas querem criar rede e defendem maior cooperação entre si
 
17 de Outubro de 2012, 16:10
 
Cidade da Praia, 17 out (Lusa) - As organizações de defesa e promoção dos Direitos Humanos lusófonas, reunidas durante três dias na Cidade da Praia, em Cabo Verde, defenderam hoje a criação de uma rede e a concretização de uma maior cooperação entre si.
 
A ideia está contida no comunicado final do "Seminário sobre a Criação e o Reforço de Instituições Nacionais de Direitos Humanos (INDH) Conformes com os Princípios de Paris nos Países de Língua Portuguesa", que decorreu desde segunda-feira na capital cabo-verdiana.
 
No seminário participaram responsáveis parlamentares e de organizações de Direitos Humanos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, bem como da Namíbia e Uganda, além de instituições internacionais ligadas às Nações Unidas.
 
Os participantes decidiram "sensibilizar" os respetivos governos para as "vantagens" da criação de INDH, "encorajaram os Estados a criarem-nas de forma "eficaz e independente" ou, no caso de já existirem, de as reforçar com capacidades e meios.
 
Os seminaristas "recomendaram" aos diferentes governos a concretização de reformas legislativas e administrativas para assegurar a conformidade das INDH com os padrões internacionais.
 
Por outro lado, "encorajaram" as INDH a aderirem ao Comité Internacional de Instituições Nacionais para a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos e apelaram para uma cooperação ativa entre essas instituições e organizações intergovernamentais regionais e internacionais, incluindo as agências e fundos das Nações Unidas, organizações não governamentais e da sociedade civil.
 
O seminário foi promovido pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas, em colaboração com a Provedoria de Justiça e o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e com o Ministério da Justiça de Cabo Verde.
 
JSD // NV.
 
Trabalhadores da Rádio e Televisão de Cabo Verde em greve na quinta e sexta-feira
 
17 de Outubro de 2012, 17:05
 
Cidade da Praia, 17 out (Lusa) - Os trabalhadores da Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC) vão estar em greve na quinta e sexta-feira, depois de as suas reivindicações não terem sido atendidas pela administração da empresa.
 
Em causa está, segundo os representantes sindicais dos cerca de 260 trabalhadores, a falta de garantias quanto à sustentabilidade financeira da empresa pública de Rádio e Televisão de Cabo Verde.
 
Em declarações à agência Lusa, Carla Lima, presidente da Associação de Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), indicou que o pagamento dos salários, apesar de importante, não é o essencial para justificar por si só a paralisação, até porque, apesar dos 15 dias de atraso, o referente a setembro já foi pago.
 
Presidente de Cabo Verde afirma que ainda há muito a fazer no país em termos de direitos humanos
 
17 de Outubro de 2012, 17:28
 
Cidade da Praia, 17 out (Lusa) - O presidente de cabo Verde afirmou hoje que, mau grado a evolução registada nos últimos anos, há ainda "muito a fazer" no país na defesa e promoção dos direitos humanos.
 
Jorge Carlos Fonseca discursava na sessão de encerramento do "Seminário sobre a Criação e o Reforço de Instituições Nacionais de Direitos Humanos (INDH) Conformes com os Princípios de Paris nos Países de Língua Portuguesa", que decorreu desde segunda-feira na capital cabo-verdiana.
 
"Devemos reconhecer que há, ainda, muitos desafios a vencer. As limitações no acesso aos direitos económicos e sociais são reais", disse o chefe de Estado cabo-verdiano, dando também como exemplos as "manifestações de violência com base no género e o desrespeito pelos direitos da criança".
 
Jorge Carlos Fonseca destacou também as situações de uso ilegítimo da força em esquadras policiais e estabelecimentos prisionais, casos que, lembrou, têm sido reportados em diferentes relatórios de instâncias nacionais e internacionais.
 
Defendendo que o "fortalecimento" da justiça em Cabo Verde passa pela instalação do Tribunal Constitucional e pela figura do Provedor de Justiça, previstos desde a revisão constitucional de 1999, Jorge Carlos Fonseca vincou, porém, que a separação de poderes "efetiva" reinante no arquipélago tem permitido criar as condições "essenciais" para a defesa dos direitos humanos.
 
"Sempre defendi a criação da figura do Provedor de Justiça, porque sempre tive a convicção profunda que pode, na nossa sociedade, desempenhar um papel de primeira grandeza na mediação entre as pessoas e o, por vezes opaco, aparelho de Estado, como no acesso à justiça, um dos garantes da proteção dos direitos humanos", disse.
 
No seminário participaram responsáveis parlamentares e de organizações de direitos humanos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, bem como da Namíbia e Uganda, além de instituições ligadas às Nações Unidas.
 
JSD // NV.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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