Embaixador de
Portugal defende mais facilidade na concessão de vistos a angolanos
17 de Outubro de
2012, 17:13
Luanda, 17 out
(Lusa) - O embaixador de Portugal em Angola, João da Câmara, defendeu hoje
maior facilidade na concessão de vistos a cidadãos angolanos, "desde que
tenham a documentação necessária".
Após uma audiência
com o presidente da Assembleia Nacional angolana, Fernando da Piedade Dias dos
Santos, recentemente empossado, o embaixador português considerou que a
situação melhorou na obtenção de vistos, depois de um período em que se
registaram dificuldades recíprocas.
"Concluímos no
ano passado um acordo para a facilitação da emissão de vistos e penso que já
deu alguns resultados palpáveis, pois a situação está bastante melhorada",
disse João da Câmara, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.
João da Câmara
sublinhou que, nos próximos dias, será feita uma avaliação da aplicação do
acordo, mas admitiu haver ainda aspetos que têm de ser melhorados.
Há uma noção de que
o nível das relações impõem a facilitação na concessão de vistos e "tudo
faremos para facilitar a vida às pessoas", realçou João da Câmara.
"Angola não é
para Portugal um país de risco em termos de imigração ilegal e não há razão
para não concedermos vistos aos angolanos, desde que tenham a documentação
necessária", afirmou.
Contudo, reconheceu
haver períodos do ano em que há maior afluência de cidadãos aos consulados e
muitas vezes estes não conseguem dar "resposta tão breve quanto
possível", mas que há vontade em facilitar.
As relações
institucionais entre Angola e Portugal foram objeto de exame na audiência
concedida pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos
Santos, ao embaixador português no país, João da Câmara.
Depois do encontro,
o diplomata português disse ter aproveitado para felicitar o presidente do
parlamento angolano pela sua recente eleição para o cargo e que foram passadas
em revista as relações entre os dois países, que considerou "muito
boas", ao nível político e económico, entre outras áreas.
João da Câmara
frisou que durante o seu mandato, iniciado há quatro meses, o seu papel em
Angola será procurar manter o que está bem e melhorar o menos bom, segundo
também a Angop.
O diplomata
português disse também ter transmitido ao dignitário angolano uma mensagem de
felicitações da presidente da Assembleia da República portuguesa, Maria
Assunção Esteves.
TQ //JMR.
Depósitos e
créditos nos bancos angolanos em crescimento
17 de Outubro de
2012, 19:01
Luanda, 17 out
(Lusa) - Os depósitos recebidos e os créditos concedidos pelos bancos angolanos
cresceram 5,3 por cento e 13 por cento, respetivamente, no primeiro semestre
deste ano, indicam dados divulgados hoje em Luanda pela consultora financeira
Deloitte.
Em 2011 o setor
bancário de Angola teve crescimentos de 35 por cento nos e de 17 por cento no
valor do crédito concedido, indicam os dados de um estudo da Deloitte
intitulado "Banca em análise 2012", que analisa números do Banco
Nacional de Angola, apresentado pelo diretor dos serviços financeiros da
consultora, Nuno Alpendre.
De acordo com o
estudo, o volume de ativos agregados dos bancos angolanos registou em 2011 um
crescimento de cerca de 24%.
A tendência de
crescimento dos bancos tem sido consistente nos últimos cinco anos, continuando
a ser as cinco maiores instituições bancárias angolanas o Banco Africano de
Investimento (BAI) com uma quota de mercado de 22,1%; o Banco Espírito Santo
Angola (BESA), com 16,5%; o Banco de Poupança e Crédito (BPC), com 14,7%; o
Banco de Fomento Angola (BFA), com 13,2%; e o Banco BIC, com 10,3%.
Os cinco maiores
bancos representaram no ano passado, 76,8 por cento setor, contra 78,6 por
cento em 2010.
Segundo Nuno
Alpendre, há também a assinalar o crescimento sustentado de alguns bancos de
média dimensão, como o Banco Privado Atlântico (BPA), que representa 4,4 por
cento do mercado, o Banco Sol (2,6 por cento) e o Millennium Angola (3,3 or
cento).
Outro dado
destacado no estudo é o aumento da concessão de crédito em kwanzas em
detrimento de moedas estrangeiras, especialmente dólares, fruto de alterações
regulamentares que preveem benefícios nas taxas de juros de empréstimos
denominados na moeda angolana.
O setor do comércio
continua a ser o maior beneficiário de financiamento por parte do sistema
bancário (23%), seguido do da indústria, que passou no primeiro semestre de
2012 de 14 por cento para 17 por cento, a construção e o imobiliário um
conjunto que representa 27%, um pouco abaixo do verificado um ano antes.
Pela negativa, o
estudo sublinha a continuada baixa de financiamento às atividades agrícolas e
pescas.
No que diz respeito
aos meios de pagamento por via eletrónica, continua a registar-se em Angola um
forte crescimento, tendo o número de cartões de crédito e débito ativos
aumentado no ano passado cerca de 20 por cento e 14 por cento, respetivamente.
O número de
transações em 2011 cresceu cerca de 39 por cento nas transações realizadas em
caixas automáticas e 87 por cento nas efetuadas em terminais de pagamento
automático", refere o estudo.
NME //JMR.
Estado cria Fundo
Soberano de Angola para desenvolvimento sócio-económico
17 de Outubro de
2012, 20:01
Luanda, 17 out
(Lusa) - O Fundo Soberano de Angola, uma evolução do Fundo Petrolífero, com um
investimento de cinco mil milhões de dólares de activos sob gestão, foi hoje
lançado em Luanda.
Em conferência de
imprensa realizada hoje para apresentação do Fundo, o presidente do Conselho de
Administração do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel, disse que, numa
primeira fase, o fundo deverá basear-se numa política de "bastante
prudência", salientando que os investimentos em infraestruturas constituem
o cerne daquilo que será a acção do fundo.
Criado com o
objectivo de promover o desenvolvimento socioeconómico de Angola, o fundo foi
projectado para crescer a partir da venda de petróleo e através do desempenho
dos seus investimentos.
A estratégia
financeira do fundo é criar rendimentos atractivos de longo prazo e com a
melhor relação de risco-benefício através do investimento em diversas classes
de activos em Angola e no exterior.
"A
transparência, o crescimento dos investimentos e o desenvolvimento económico e
social para elevar o bem-estar dos angolanos constituem os pilares dominantes
do fundo", salientou Armando Manuel, hoje reconduzido no cargo de
secretário para os Assuntos Económicos.
Segundo Armando
Manuel, inicialmente o fundo depende da exploração dos recursos minerais,
particularmente da consignação dos 100 mil barris de petróleo/dia, anunciados
há alguns anos pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para investimentos
em infraestruturas.
Em 2008, José
Eduardo dos Santos anunciou formalmente os planos para a criação de um fundo
soberano de investimento e em 2011 o parlamento aprovou a lei relativa à sua
criação.
Os investimentos,
de acordo com Armando Manuel, serão prioritários em novos serviços hoteleiros e
de fiscalização de infraestruturas para o aumento da oferta de bens e bem-estar
dos angolanos.
"A criação de
uma Carta Social do FSDEA demonstra o compromisso de responsabilidade do Fundo
para com o povo angolano. A Carta Social aborda uma série de grandes desafios
sociais enfrentados pelos angolanos tais como o acesso à água potável, a
disponibilidade de serviços de saúde e a falta de competências específicas
necesárias para participar no ambiente económico dinâmico criado pelo forte
crescimento do PIB do país", refere um comunicado de imprensa, hoje
distribuído.
A nota salienta
que, demonstrado o seu "compromisso com a transparência", o fundo é
dirigido por um Conselho de Administração com três membros e por um Conselho
Consultivo independente, que inclui o ministro das Finanças, o da Economia, o
do Planeamento e o Governador do Banco Nacional de Angola.
Fazem parte também
do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola José Filomento dos
Santos, filho do chefe de Estado angolano, e Hugo Miguel Évora Gonçalves.
NME // ARA.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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2 comentários:
Era bom que realmente houvesse mais facilidade na obtenção dos vistos, mas infelizmente cada vez dificultam mais a vida a quem quer trabalhar, tudo não passa de publicidade enganosa para mostrar que tudo está bem, quando na realidade não está. Basta ver o que se passa diariamente nos Consulados de Angola no Porto e em Lisboa, não só na demora em conseguir obter um visto mas nos obstaculos que criam para darem andamento ao processo.
concordo,isso dos vistos sairem mais rapido q antes,pura mentira,parec q até xt pior,t+em feito um pessimo trabalho e ainda por cima n n nenhuma informação,n sei o q melhorou q tanto falam,xta pior,tem pessoas a espera a mais de 4 meses e n saí o visto.
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