sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Guiné-Bissau: SURTO DE CÓLERA, CHEFE “ALHEIO”, GOVERNO FANTOCHE QUER RESPEITO

 
 
OMS confirma casos de cólera na Guiné-Bissau
 
25 de Outubro de 2012, 16:00
 
Bissau, 25 out (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje a existência de um surto de cólera na Guiné-Bissau, que já causou nove mortos entre cerca de duas mil pessoas afetadas.
 
A Guiné-Bissau começou a ser atingida em agosto por um surto que as autoridades locais consideram ser de diarreia aguda, lançando apelos às populações sobre os cuidados a ter com o saneamento básico e com os alimentos.
 
A pedido das autoridades sanitárias guineenses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou análises que revelaram que o surto inclui diarreias e cólera.
 
Fonte do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau disse hoje à Agência Lusa que "como a OMS diz, há cólera", o que não significa que os cerca de dois mil infetados tenham sido atingidos pela doença.
 
"Não negamos que haja cólera. Poucos casos. Mas dizer que as pessoas que têm sido atingidas pela diarreia aguda têm todas cólera, isso não podemos admitir, porque sabemos que a cólera mata rápido se não for bem tratada", disse a fonte.
 
A fonte do ministério da Saúde confirmou que até terça-feira foram registados 1.807 casos de diarreia aguda, que resultaram na morte de nove pessoas, sete das quais na capital, Bissau.
 
"Temos de admitir que algumas dessas pessoas terão falecido devido a cólera, mas há um surto declarado de diarreia no país", observou a fonte da Saúde Publica guineense, lembrando que na última epidemia de cólera registada no país em 2008 "em poucos dias" morreram mais de 200 pessoas.
 
A fonte oficial enfatizou que as diarreias são frequentes na Guiné-Bissau na época das chuvas (entre de maio e novembro) sobretudo em Bissau "devido às péssimas condições de higiene e saneamento", apontando situações em que as latrinas ou as casas de banho são construídas ao lado de poços de água.
 
MB //JMR.
 
Chefe das forças armadas da Guiné-Bissau afirma ser alheio a espancamento de políticos
 
25 de Outubro de 2012, 16:44
 
Bissau, 25 out (Lusa) - O chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou ser completamente alheio ao espancamento de dois políticos na segunda-feira e que está a "tentar esclarecer a situação", disse hoje o Movimento da Sociedade Civil.
 
Na segunda-feira, um dia depois de uma tentativa de assalto a um quartel militar, Iancuba Indjai e Silvestre Alves, líderes de pequenos partidos da Guiné-Bissau, foram levados por militares e abandonados em matas depois de espancados.
 
Mamadu Queta, vice-presidente e porta-voz do Movimento da Sociedade Civil (organização que congrega organizações da sociedade civil e sindicatos), disse hoje à Lusa que se reuniu na terça-feira com António Indjai, chefe das Forças Armadas, para lhe expressar as suas preocupações sobre a situação na Guiné-Bissau, e que hoje também se reuniu com o primeiro-ministro de transição com o mesmo objetivo.
 
"Salientei a necessidade da salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos e de que não se pode fazer justiça por mãos próprias", disse Mamadu Queta, acrescentando que recebeu de António Indjai a garantia de não ter mandado espancar os dois políticos e de que apenas tinha mandado deter Ibraima Só (outro dirigente político, que não foi encontrado pelos militares).
 
"Garantiu que irá esclarecer a situação dos espancamentos e disse que continuam à procura dos implicados no caso de domingo", disse Mamadu Queta.
 
Segundo o responsável, na reunião de hoje o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, também confirmou "que a situação decorrente dos acontecimentos de domingo deve de ser resolvida pela justiça", tendo igualmente mostrado disponibilidade "para colaborar com a Sociedade Civil".
 
O Movimento da Sociedade Civil está a diligenciar para ser recebido pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
 
Na madrugada de domingo um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
 
FP //JMR.
 
Governo de transição da Guiné-Bissau considera "vergonhosas" declarações de dirigentes cabo-verdianos
 
25 de Outubro de 2012, 20:16
 
Bissau, 25 out (Lusa) - O porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, considerou hoje "vergonhosas" as declarações do primeiro-ministro e do Presidente de Cabo Verde sobre a Guiné-Bissau e pediu que acabem as "faltas de respeito".
 
"Perguntamos se a independência de Cabo Verde é verdade e de que país é que veio. Terá vindo de Portugal?", questionou Fernando Vaz, em declarações à RTP África, em Bissau, a propósito de declarações do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
 
Na sequência da tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem sempre as declarações políticas correspondem à realidade.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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