OMS confirma casos
de cólera na Guiné-Bissau
25 de Outubro de
2012, 16:00
Bissau, 25 out
(Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje a existência de um
surto de cólera na Guiné-Bissau, que já causou nove mortos entre cerca de duas
mil pessoas afetadas.
A Guiné-Bissau
começou a ser atingida em agosto por um surto que as autoridades locais
consideram ser de diarreia aguda, lançando apelos às populações sobre os
cuidados a ter com o saneamento básico e com os alimentos.
A pedido das
autoridades sanitárias guineenses, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
realizou análises que revelaram que o surto inclui diarreias e cólera.
Fonte do Ministério
da Saúde Pública da Guiné-Bissau disse hoje à Agência Lusa que "como a OMS
diz, há cólera", o que não significa que os cerca de dois mil infetados
tenham sido atingidos pela doença.
"Não negamos
que haja cólera. Poucos casos. Mas dizer que as pessoas que têm sido atingidas
pela diarreia aguda têm todas cólera, isso não podemos admitir, porque sabemos
que a cólera mata rápido se não for bem tratada", disse a fonte.
A fonte do ministério
da Saúde confirmou que até terça-feira foram registados 1.807 casos de diarreia
aguda, que resultaram na morte de nove pessoas, sete das quais na capital,
Bissau.
"Temos de
admitir que algumas dessas pessoas terão falecido devido a cólera, mas há um
surto declarado de diarreia no país", observou a fonte da Saúde Publica
guineense, lembrando que na última epidemia de cólera registada no país em 2008
"em poucos dias" morreram mais de 200 pessoas.
A fonte oficial
enfatizou que as diarreias são frequentes na Guiné-Bissau na época das chuvas
(entre de maio e novembro) sobretudo em Bissau "devido às péssimas
condições de higiene e saneamento", apontando situações em que as latrinas
ou as casas de banho são construídas ao lado de poços de água.
MB //JMR.
Chefe das forças
armadas da Guiné-Bissau afirma ser alheio a espancamento de políticos
25 de Outubro de
2012, 16:44
Bissau, 25 out
(Lusa) - O chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou ser
completamente alheio ao espancamento de dois políticos na segunda-feira e que
está a "tentar esclarecer a situação", disse hoje o Movimento da
Sociedade Civil.
Na segunda-feira,
um dia depois de uma tentativa de assalto a um quartel militar, Iancuba Indjai
e Silvestre Alves, líderes de pequenos partidos da Guiné-Bissau, foram levados
por militares e abandonados em matas depois de espancados.
Mamadu Queta,
vice-presidente e porta-voz do Movimento da Sociedade Civil (organização que
congrega organizações da sociedade civil e sindicatos), disse hoje à Lusa que
se reuniu na terça-feira com António Indjai, chefe das Forças Armadas, para lhe
expressar as suas preocupações sobre a situação na Guiné-Bissau, e que hoje
também se reuniu com o primeiro-ministro de transição com o mesmo objetivo.
"Salientei a
necessidade da salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos e de que não
se pode fazer justiça por mãos próprias", disse Mamadu Queta,
acrescentando que recebeu de António Indjai a garantia de não ter mandado
espancar os dois políticos e de que apenas tinha mandado deter Ibraima Só
(outro dirigente político, que não foi encontrado pelos militares).
"Garantiu que
irá esclarecer a situação dos espancamentos e disse que continuam à procura dos
implicados no caso de domingo", disse Mamadu Queta.
Segundo o
responsável, na reunião de hoje o primeiro-ministro de transição, Rui de
Barros, também confirmou "que a situação decorrente dos acontecimentos de
domingo deve de ser resolvida pela justiça", tendo igualmente mostrado
disponibilidade "para colaborar com a Sociedade Civil".
O Movimento da
Sociedade Civil está a diligenciar para ser recebido pelo Presidente de
transição, Serifo Nhamadjo.
Na madrugada de
domingo um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos
para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo
resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
FP //JMR.
Governo de
transição da Guiné-Bissau considera "vergonhosas" declarações de
dirigentes cabo-verdianos
25 de Outubro de
2012, 20:16
Bissau, 25 out (Lusa)
- O porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, considerou
hoje "vergonhosas" as declarações do primeiro-ministro e do
Presidente de Cabo Verde sobre a Guiné-Bissau e pediu que acabem as
"faltas de respeito".
"Perguntamos
se a independência de Cabo Verde é verdade e de que país é que veio. Terá vindo
de Portugal?", questionou Fernando Vaz, em declarações à RTP África, em
Bissau, a propósito de declarações do primeiro-ministro cabo-verdiano, José
Maria Neves.
Na sequência da
tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as
autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para
posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem
sempre as declarações políticas correspondem à realidade.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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