sábado, 20 de outubro de 2012

MARCHA DE PROTESTO EM LONDRES CONTRA OS CORTES

 


Liliana Coelho – Expresso – foto Reuters/Suzanne Plunkett
 
Mais de meia centena de sindicatos desfilam hoje na capital britânica contra as medidas de austeridade.
 
Milhares de pessoas estão a marchar esta manhã nas cidades de Londres, Glasgow e Belfast contra os cortes anunciados pelo Governo britânico.
 
Segundo o jornal "The Guardian", só na capital inglesa estarão nas ruas mais de um milhão de pessoas, num protesto que foi convocado por cerca de 50 sindicatos, que contestam as medidas de austeridade.
 
A marcha, que começou às 11h, está a registar forte adesão, ajudada pelo bom tempo que se faz sentir em Londres, num clima saudável e de "bom espírito", como é descrito pelo jornal.
 
Os manifestantes exibem bandeiras, cartazes e balões a reivindicar o fim da austeridade e um futuro melhor para o país.
 
"Os ministros dizem-nos que só se aceitarmos as dolorosas medidas é que será possível a recuperação económica, mas em vez disso, o que verificamos é uma dupla recessão", afirmou o secretário-geral do TUC, Brendan Barber.
 
Sindicatos queixam-se de políticas económicas "erradas"
 
"As pessoas precisam de empréstimos todos os meses. Nós sabemos e o governo também que milhares de trabalhadores em situação precária estão apenas a tentar manter-se à tona da àgua. A pobreza que estamos a seguir vai comprometer o nosso povo por várias gerações", disse, por sua vez, Len McCluskey, secretário-geral da Unite.
 
Já Paul Kenny, secretário-geral da GMB, mostrou-se convicto de que este protesto vai reunir milhares de britânicos que sonham com um futuro melhor. "Estão a participar nesta marcha milhares de desempregados, no sexto ano de recessão, o que serve para mostrar que quer Trabalhistas, quer Liberais estão a seguir políticas económicas erradas", defendeu o responsável.
 
A manifestação culminará num comício no Hyde Park, que terá a intervenção dos responsáveis pelos principais sindicatos. A organização espera que o balanço final reflita uma adesão superior aos 250 mil manifestantes que participaram no protesto sobre as pensões de reforma, em 2011.
 
Recorde-se que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou este mês para a eventual necessidade de tomar "decisões mais dolorosas" para a recuperação da economia.
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana