Liliana Coelho –
Expresso – foto Reuters/Suzanne Plunkett
Mais de meia centena
de sindicatos desfilam hoje na capital britânica contra as medidas de
austeridade.
Milhares de pessoas
estão a marchar esta manhã nas cidades de Londres, Glasgow e Belfast contra os
cortes anunciados pelo Governo britânico.
Segundo o jornal
"The Guardian", só na capital inglesa estarão nas ruas mais de um
milhão de pessoas, num protesto que foi convocado por cerca de 50 sindicatos,
que contestam as medidas de austeridade.
A marcha, que
começou às 11h, está a registar forte adesão, ajudada pelo bom tempo que se faz
sentir em Londres, num clima saudável e de "bom espírito", como é
descrito pelo jornal.
Os manifestantes
exibem bandeiras, cartazes e balões a reivindicar o fim da austeridade e um
futuro melhor para o país.
"Os ministros
dizem-nos que só se aceitarmos as dolorosas medidas é que será possível a
recuperação económica, mas em vez disso, o que verificamos é uma dupla
recessão", afirmou o secretário-geral do TUC, Brendan Barber.
Sindicatos
queixam-se de políticas económicas "erradas"
"As pessoas
precisam de empréstimos todos os meses. Nós sabemos e o governo também que
milhares de trabalhadores em situação precária estão apenas a tentar manter-se
à tona da àgua. A pobreza que estamos a seguir vai comprometer o nosso povo por
várias gerações", disse, por sua vez, Len McCluskey, secretário-geral da
Unite.
Já Paul Kenny,
secretário-geral da GMB, mostrou-se convicto de que este protesto vai reunir
milhares de britânicos que sonham com um futuro melhor. "Estão a
participar nesta marcha milhares de desempregados, no sexto ano de recessão, o
que serve para mostrar que quer Trabalhistas, quer Liberais estão a seguir
políticas económicas erradas", defendeu o responsável.
A manifestação
culminará num comício no Hyde Park, que terá a intervenção dos responsáveis
pelos principais sindicatos. A organização espera que o balanço final reflita
uma adesão superior aos 250 mil manifestantes que participaram no protesto
sobre as pensões de reforma, em 2011.
Recorde-se que o
primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou este mês para a eventual
necessidade de tomar "decisões mais dolorosas" para a recuperação da
economia.
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