domingo, 21 de outubro de 2012

Portugal: Banqueiro diz que não há qualquer ilícito no telefonema a Passos Coelho

 


Jornal de Notícias - foto Gerardo Santos / Global Imagens
 
José Maria Ricciardi admitiu ter telefonado ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho "para falar sobre as privatizações em curso" e considera que não há nas conversas que teve com vários ministros qualquer ilicitude ou irregularidade.
 
O presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI) admitiu, em comunicado enviado este domingo às redações, que telefonou "a vários membros do Governo" para discutir o tema das privatizações.
 
Nos telefonemas, não há qualquer "ilicitude, irregularidade ou sequer censura", argumenta Ricciardi, era apontado, este domingo pelo Diário de Notícias, como o interlocutor de Pedro Passos Coelho na conversa telefónica do primeiro-ministro que o ex-Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, enviou para validação do Supremo Tribunal de Justiça um dia antes de deixar o cargo, a 8 de outubro.
 
O Governo atribuiu a supervisão das privatizações a uma consultora norte-americana, a Perella, por ajuste direto, o que terá desagrado ao presidente do BESI. José Maria Ricciardi disse que telefonou a expressar "discordância" como a forma como o processo foi conduzido, considerando que deveria ter sido decidido "através de concurso público".
 
Na segunda-feira, o jornal Público noticiou que o ministro Miguel Relvas foi escutado, no âmbito do mesmo processo, numa conversa com José Maria Ricciardi, presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI).
 
Segundo a Comunicação Social Portuguesa, o presidente do BES, Ricardo Salgado, é outro dos apontados como alvo das escutas do Ministério Público no caso "Monte Branco", que envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista.
 
Os cinco foram detidos em maio pelo DCIAP, por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Três estão em prisão preventiva e dois foram libertados sob caução.
 

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