Sol - Lusa, com foto
A greve dos
estivadores teve uma adesão total, disse hoje à Lusa o presidente do Sindicato
dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do centro e
sul de Portugal, Vítor Dias.
«É já uma prática
comum. As greves dos portuários normalmente têm uma adesão de 100 por cento.
Normalmente a adesão é total e esta não foge à regra», afirmou o dirigente
sindical no primeiro dia de uma greve que se prolonga até quarta-feira, 31 de
Outubro.
Esta greve foi
motivada pelo facto do Governo ter aprovado a 13 de Setembro uma proposta de
lei relativa ao regime do trabalho portuário, uma semana depois de ter chegado
a acordo com alguns sindicatos, afectos à UGT, e operadores portuários, com o
objectivo de aumentar a competitividade dos portos nacionais.
Esse acordo vai
permitir descer a fatura portuária entre 25 a 30 por cento, de acordo com o
ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mas os sindicatos dos
trabalhadores portuários entendem que, com esta revisão da legislação, ficam em
causa os postos de trabalho.
«Não há nenhuma
movimentação de qualquer tipo de carga nos portos para os quais foi emitido um
pré-aviso de greve, caso de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz», explicou o
presidente do sindicato.
Esta greve dos
estivadores será uma paralisação parcial, incluindo fins de semana e feriados,
que abrange os turnos entre a meia-noite e as 17:00.
As greves dos
trabalhadores dos portos portugueses iniciaram-se a 17 de Setembro, perfazendo
um total de oito semanas de greves.
Para quarta-feira
está prevista uma reunião para fixação dos serviços mínimos, uma situação
considerada como “normal” pelo presidente do sindicato.
«Tínhamos uma ata
subscrita, que datava de 2004, em que as partes acordaram os serviços mínimos a
prestar em caso de greve. A ata foi funcionando até agora, momento em que as
associações de operadores denunciaram o documento», afirmou.
De acordo com Vítor
Dias, esta reunião, entre patrões, sindicatos dos estivadores, administrações
portuárias e Direcção-geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT),
servirá para reformular a ata ou chegar a outro acordo.
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