quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Portugal: MANIFESTANTES PROTESTAM RUIDOSAMENTE DENTRO E FORA DO PARLAMENTO

 


Estudantes concentrados junto ao Parlamento depois de desfile contra cortes na Educação
 
 
Várias dezenas de estudantes estão concentrados em frente à Assembleia da República, reivindicando uma escola pública, gratuita e democrática para todos.
 
Com esta ação de luta os estudantes do básico e secundário afirmam querer "demonstrar o seu descontentamento para com os cortes já anunciados na Educação", e exigir "melhores condições materiais e humanas" nas escolas portuguesas, disse à Lusa Miguel Mestre, de 16 anos.
 
Outro dos objetivos dos estudantes, adiantou, é ajudar a "derrotar na rua um Orçamento do Estado que prevê mais cortes na Educação, e que vai agravar ainda mais as condições de vida dos estudantes e das famílias", acrescentou.
 
Junto ao parlamento continuam a ouvir-se tambores e palavras de ordem tais como "Não, não, não aos cortes na educação" e "Quem não salta, é do Governo", já gritadas durante o desfile entre a praça Luís de Camões, ao Chiado, e a Assembleia da República.
 
Na escadaria em frente ao parlamento estão cerca de duas dezenas de agentes da PSP, que vigiam o desenrolar dos acontecimentos.
 
"O que nos trouxe aqui foi o repúdio por esta política, por más condições nas escolas, na nossa educação e na nossa vida" disse à agência Lusa Francisco Dias Pereira, um dos estudantes que organizaram o protesto.
 
O jovem de 16 anos acrescentou que outra razão para o protesto é o aumento do passe escolar, medida que garante dificultar a vida a muitos alunos e às suas famílias.
 
Os estudantes também exigem "o fim das turmas com quase 30 alunos", modelo que, garantem, não permite que haja aprendizagem com qualidade.
 
"Reunimos com o ministro que nos explicou que isto era normal. Diz que, no tempo dele, eram 40. Mas ele estudou na escola do fascismo - é essa a escola que nós queremos? Não!", vincou o jovem.
 
Descontente com o estado do país, Ricardo, de 16 anos, que não quis revelar o apelido, permanecia sentado um pouco mais afastado dos estudantes mais ativos, conta que veio até ao parlamento protestar "contra tudo o que está a acontecer no país".
 
"É uma vergonha. É quase impossível as famílias sobreviverem assim e isto leva à revolta", afirmou, vincando que os protestos têm de continuar a ser feitos porque, caso contrário, "eles vão continuar a fazer o que querem".
 
Manifestantes gritam contra a maioria no plenário da AR
 
Sofia Rodrigues - Público
 
Logo que terminou o debate parlamentar sobre as propostas da oposição para baixar o IVA na restauração, um grupo de manifestantes gritou palavras de ordem no plenário, levando a polícia a retirar as pessoas da galeria.
 
O grupo vestia t-shirts pretas onde se podia ler "baixar o IVA já" e protestou contra a posição da maioria que se mostrou contra a descida deste imposto na restauração.

"Faschistas", "coveiros da restauração", "abaixo a maioria PSD/CDS" foram algumas das palavras de ordem gritadas esta tarde pelos manifestantes durante alguns minutos enquanto os agentes da PSP os retiravam das galerias.

O plenário debateu esta tarde projectos de lei do BE, PCP e PS para descer o IVA na restauração que o Governo subiu para o máximo no Orçamento de Estado de 2012 e que não mostra disponibilidade para voltar a descer a taxa.

*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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