André Cabrita Mendes
– Dinheiro Vivo
A antiga líder do
PSD criticou hoje duramente a proposta do Orçamento do Estado para 2013.
"O que é que
interessa Portugal não entrar em falência, se no fim vamos estar todos
mortos?", questionou Manuela Ferreira Leite.
"Estas medidas
não são suficientes para atingir os 4,5%. Como é que vai estar o pais depois da
consolidação? Alguém consegue prever?", perguntou no seminário
"Orçamento do Estado 2013", em Lisboa.
"Fazer
política é prever o que vai acontecer e evitar que as coisas perniciosas que
vão acontecer", considera.
A antiga ministra
das Finanças considera, no entanto, que Portugal deve continuar cumprir o
programa. "Nós devemos cumprir, devemos pagar a dívida. Não ha nada pior
para o país do que não conseguir cumprir o programa".
Porém, Ferreira
Leite lançou um alerta sobre o não cumprimento do OE 2013. "Estamos a
tentar passar um atestado de estupidez aos credores, eles estão a perceber
que não vamos conseguir cumprir".
"Não é
possível cumprir a consolidação acordada com a troika neste prazo. Esta
consolidação poderia ser menos onerosa e menos pesada para as pessoas",
afirmou a antiga líder social democrata, acrescentando que "faltam os
elementos para estimular o crescimento", disse a antiga ministra no
seminário organizado pela sociedade de advogados Miranda Correia, Amendoeira
& Associados.
"Este
Orçamento é um afundamento total, se não é para cumprir, para que é que se fez
este Orçamento?", questionou Manuela Ferreira Leite.
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